Aumentam as especulações sobre fim de flexibilização do juro básico nos EUA

Aperto monetário poderia ser desfavorável a candidato governista no pleito presidencial; republicanos recordam 1992

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SÃO PAULO – A crescente interpretação de que o pior da crise nos Estados Unidos tenha passado gera dúvidas entre os investidores a respeito dos próximos passos da política monetária no país, em um cenário complicado pela corrida presidencial.

A flexibilização da política monetária promovida pelo Federal Reserve – desde o início da crise, a instituição cortou o juro básico dos EUA em 2,75 pontos percentuais – foi uma resposta direta à fragilidade da maior economia do mundo, buscando estimular a demanda interna do país.

Inflação x crescimento?

No bojo deste processo, os temores relativos à inflação no país foram impulsionados pela contínua elevação dos preços de commodities, em especial petróleo e alimentos.

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Todavia, o foco da autoridade monetária continuou a ser o combate a uma possível recessão no país, promovendo medidas que buscavam expandir a demanda agregada – cujo efeito colateral, muitas vezes, é o aumento de preços.

Com o alívio das tensões relativas à atividade produtiva no país, analistas iniciam debates sobre o possível fim do ciclo de flexibilização monetária no país. Embora haja consenso de que isto fatalmente ocorrerá, o mesmo não acontece para o quando.

Independência e conseqüências

Embora gozem de grande autonomia frente aos governos dos EUA, o Federal Reserve e o FOMC (Comitê para o Mercado Aberto) podem ter grande influência na definição do sucessor de George W. Bush na presidência do país.

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Membros do partido republicano, atualmente na situação, acreditam que a atuação menos agressiva do Fed em 1992, a fim de estimular a economia do país, impediu que o pai do atual presidente conseguisse sua reeleição, sendo derrotado pelo democrata Bill Clinton.

Constrangimentos

Temem que o mesmo ocorra com o senador John McCain, candidato nas eleições presidenciais de 4 de novembro deste ano, caso a autoridade monetária do país resolva impetrar novo aperto monetário até lá, prejudicando a avaliação dos eleitores em relação ao desempenho do governo atual quanto à economia.

Deste modo, a neutralidade dos formuladores de política monetária enfrenta também outros desafios, pois caso busquem não interferir no processo eleitoral, poderiam contrariar as expectativas do mercado em relação a uma atuação de caráter técnico e firme, abalando a confiança dos investidores.

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