Ato marca 1 ano do ataque a Brasília em 8 de janeiro; Lira não participará

Evento reunirá chefes dos Três Poderes, no Congresso Nacional, durante a tarde

Equipe InfoMoney

Congresso Nacional é iluminado com a inscrição "Democracia nos une", em Brasília (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

Publicidade

Um ato marcará, nesta segunda-feira (8), um ano da invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que contestavam o resultado da eleição de 2022, vencida pelo atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O evento ocorrerá no Congresso Nacional, a partir das 15h, e reunirá Lula, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, além do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e de governadores, ministros, parlamentares e representantes da sociedade civil.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), era esperado na cerimônia em Brasília, mas a sua assessoria informou pela manhã que o político segue em Alagoas e não voltará à Brasília devido a “problemas de saúde na família”.

Continua depois da publicidade

Lira fez uma publicação em suas redes sociais em que afirma que “há um ano, as sedes dos três Poderes da República foram atacadas e depredadas num ato de violência que merece ser permanentemente repudiado”. “Todos os responsáveis devem ser punidos com o rigor da lei, dentro do devido processo legal. A liberdade de manifestação e o direito fundamental de protestar jamais podem se converter em violência e destruição”.

Leia também:
PF faz operação no aniversário dos ataques de 8 de janeiro
1 ano após tentativa de golpe, STF mantém 66 presos
89% condenam ataques do 8 de Janeiro, diz pesquisa

O evento intitulado “Democracia Inabalada” foi proposto por Lula e terá transmissão conjunta da TV Senado, da TV Câmara, da Rádio Senado e da Rádio Câmara. Cerca de 500 convidados são esperados na solenidade, que terá a reintegração simbólica de uma tapeçaria de Burle Marx de 1973, vandalizada durante a invasão do Congresso, e de uma réplica da Constituição Federal de 1988 ao patrimônio público.

Continua depois da publicidade

Só a restauração da obra de Burle Marx (sem título) envolveu o trabalho de oito profissionais e custou R$ 236,2 mil. Já a réplica da Constituição foi recuperada, sem qualquer dano, após ter sido furtada da sede do STF. O exemplar foi entregue à Polícia Federal (PF) em Varginha (MG) pelo designer Marcelo Fernandes Lima, de 50 anos, morador de São Lourenço (MG). Ele participou dos atos e disse que tomou o livro das mãos de outras pessoas para evitar que fosse destruído.

Um ano após a depredação de Brasília, o STF mantém 66 pessoas presas. Dos mais de 2 mil detidos, 25 foram condenados a penas que variam de 10 a 17 anos de prisão, em regime inicial fechado, por associação criminosa armada, abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e depredação de patrimônio protegido da União.

Tapeçaria de Burle Marx, que fica no Senado Federal e foi vandalizada durante o 8/1, volta a ser exibida após ser restaurada (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

(Com informações das agências Brasil, Câmara e Senado)