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SÃO PAULO – Em evento realizado pela Bloomberg que contou com a participação de três consultores políticos, o analista político da Arko Advice, Lucas de Aragão, destacou com base nas últimas eleições e na “desconstrução de Marina” o por quê vê o candidato Aécio Neves (PSDB) como ligeiramente favorito para as eleições de 2014.
O evento também contou com a participação do diretor da Eurasia, Christopher Garman e da Prospectiva Consultoria, com Ricardo Sennes, que veem Dilma com a maior chance de ganhar.
Destoando das duas outras casas, Aragão vê uma chance de 55% de Aécio ganhar, levando em conta o início da campanha de Aécio no segundo turno, que já começou forte. “O início do segundo turno é mais positivo para o Aécio do que para Dilma, até a própria entrada dele no segundo turno é positiva”, avalia. Enquanto isso, a campanha de Dilma começou morna e defensiva.
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Além disso, Aécio contou com vários apoios, como o de Marina Silva e o de família de Eduardo Campos, candidato do PSB que morreu em um trágico acidente aéreo em agosto. O último apoio pode ser ainda mais decisivo na campanha do que o de Marina, afirma.
E ainda, quando comparado com as pesquisas pós primeiro turno nas últimas eleições (desde 2002), esta foi a primeira em que o Datafolha e Ibope mostraram o candidato oposicionista com vantagem numérica frente o do PT. “As pesquisas mostram um empate técnico, ora a favor de Aécio, ora a favor de Dilma, sinalizando uma disputa bastante apertada”. Quando Lula foi candidato em 2002 e 2006, tanto as diferenças frente José Serra e Geraldo Alckmin eram bastante expressivas.
Por fim, está a campanha bastante agressiva despendida por Dilma contra Marina Silva. “Pode ter sido um tiro no pé do PT a desconstrução excessiva de Marina, quase baixando o nível”, afirma. Com isso, as possíveis pontes entre o eleitorado de Marina e Dilma foram quebradas.
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Aragão ressalta que, enquanto Dilma teve 41% dos votos válidos, a oposição teve 57%, o que mostra um viés oposicionista. Além disso, para ele, Marina de hoje é diferente da Marina de 2010 e teve um viés muito mais oposicionista. Se na eleição passada, a então candidata do PV à presidência não apresentava críticas tão contundentes ao governo petista, ao contrário de 2014.
Já a Prospectiva vê Dilma com 55% de chances de ganhar eleição, com elemento estrutural forte favorável a Dilma. “O nível de aprovação do governo com bom ou ótimo está no patamar de 40% do eleitorado, governo já sai de um patamar alto”, destacou Sennes, sendo este um patamar consolidado e que dá base para o governo.
Além disso, há uma penetração maior de eleitores do PT entre as classes C, D e E é bastante expressiva e segue forte, o que seguirá como suporte para o segundo turno também. O piso eleitoral continua muito forte, embora esteja caindo. A Eurasia também vê uma chance maior de Dilma ganhar.
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