Assustado com “tom jihadista”, governo avalia que Temer quer forçar rompimento

Para assessores presidenciais ouvidos pelo jornal, o vice não quer ficar com o "ônus" do rompimento e tenta fazer com que ele venha do Palácio do Planalto

Lara Rizério

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SÃO PAULO – De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, para o governo Dilma Rousseff, a “dura carta” com fortes críticas à presidente mostra que “ele quer forçar que o governo rompa com ele”. 

Para assessores presidenciais ouvidos pelo jornal, o vice não quer ficar com o “ônus” do rompimento e tenta fazer com que ele venha do Palácio do Planalto. 

Segundo a publicação, a orientação em reunião da presidente com a sua equipe foi para que o governo não reagisse, justamente para não dar a ele  os “argumentos” que ele busca para se distanciar ainda mais da presidente.

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O distanciamento e silêncio de Temer nos últimos dias foram interpretados pelo Planalto como medidas para provocar uma reação negativa da presidente, sendo que a carta foi apenas o “fecho” da estratégia.

A avaliação do governo é que o tom bastante crítico e pesado “não combina com o estilo do vice” e “assustou”, pois o Palácio não esperava que ele “chegasse a este ponto”. Para os assessores, a carta praticamente inviabiliza qualquer tipo de diálogo e é um último passo do grupo de Temer na direção do rompimento. 

De acordo com o Estadão, os articuladores do governo estranham o que já está sendo classificado como “tom jihadista” da carta. 

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Ontem, Temer insistiu que sua carta não significava um rompimento e que o documento foi um “desabafo”. 


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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.