As perguntas que João Amoêdo faria para cada candidato (se participasse do debate)

Por seu partido não ter representação mínima de 5 parlamentares, candidato ficou de fora do primeiro debate entre os presidenciáveis

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Excluído do primeiro debate entre os presidenciáveis a ser realizado pela TV Bandeirantes, João Amoêdo (Novo) está indignado por não poder estar cara a cara com seus adversários na noite desta quinta-feira (9). Pela lei, está garantida a presença nos debates apenas de presidenciáveis de partidos ou coligações com representação mínima de 5 congressistas.

Confira a íntegra das entrevistas de João Amoêdo (aqui) e seu vice, Christian Lohbauer (aqui), ao InfoMoney.

Como o Novo não teceu alianças e esta é a primeira eleição geral da qual o partido participa, o presidenciável não recebeu o desejado convite. Nos últimos dias, Amoêdo ameaçou entrar na Justiça e simpatizantes prepararam um abaixo-assinado para tentar garantir sua presença no debate.

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Como isso não aconteceu, a pedido do InfoMoney, o candidato do Partido Novo enviou as perguntas que faria a cada um dos 8 adversários que participarão do evento. Confira na íntegra:

Álvaro Dias (Podemos)

Candidato, o senhor saiu do PSDB por não concordar com a maneira pouco ética que o partido se comportou nos últimos anos e nas últimas eleições. O senhor prega a renovação na política apesar de já ter sido vereador, deputado estadual, deputado federal, senador e governador de Estado.

O senhor está na política praticamente desde quando eu era trainee. Para que o seu discurso de renovação seja coerente, o senhor não acha que eu, como representante real da renovação na política, deveria estar participando deste debate?

Cabo Daciolo (Patriota)

O Brasil é um país com problemas gravíssimos e profundos. Como manter a coerência de atuação para enfrentá-los se o senhor já foi o PSOL, já flertou com o PRB do prefeito Marcelo Crivella e agora vai disputar a Presidência pelo Patriotas?

Ciro Gomes (PDT)

Candidato, o senhor tem dito que o déficit da Previdência é de R$ 25 bilhões. Mas o número real do déficit é dez vezes maior do que isso. Como resolver um problema tão sério se o senhor nem mesmo admite que ele existe? Apenas com bravatas?

Geraldo Alckmin (PSDB)

O senhor tem apoio de 90% dos partidos da base do atual presidente Michel Temer. O senhor é, portanto, um candidato mais governista até do que o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. O senhor tem apoio inclusive de partidos que foram da base de Dilma. Um deles, tem um presidente que declara voto em Lula. Além dos minutos de TV, pagos com o dinheiro de nossos impostos, que outras contas o senhor cobrará da população para pagar os acordos com essa turma?

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Guilherme Boulos (PSOL)

O senhor recentemente defendeu a reforma da Previdência em entrevista a O Globo. Mas, em 2016, disse que os movimentos sociais iriam combater a reforma da Previdência. O senhor mudou de opinião ou amadureceu porque agora quer chegar ao posto mais alto da República e não ser apenas um líder de movimento social?

Henrique Meirelles (MDB)

O senhor tem apresentado algumas ideias de renovação. Mas está disputando a eleição pelo partido mais fisiológico do Brasil, que sempre usou sua força para se perpetuar no poder, aparelhar ministérios e agências reguladoras e combater qualquer tentativa de avanço. Como podemos ter certeza de que, se chegar ao poder, quem vai mandar não serão os mesmos de sempre, como Jucá, Renan, Sarney e Eunício?

Jair Bolsonaro (PSL)

Candidato, por que depois de todos os desafios que lancei o senhor não apresentou um projeto para o Rio de Janeiro ou que caminha na direção de liberalizar a economia? Ao contrário, em temas polêmicos o senhor não votou porque estava em viagem de campanha. Como podemos acreditar que essa sua conversão ao liberalismo é real e não apenas estratégia eleitoral?

Marina Silva (Rede)

A senhora é uma figura ausente do debate dos problemas nacionais, aparecendo apenas a cada quatro anos para disputar as eleições. Desta vez, mesmo nas entrevistas que tem dado, não tem deixado claro suas posições. Quando vamos saber o que a senhora de fato pensa sobre reforma da Previdência, privatizações, a prisão de Lula e a corrupção nos governos do PT?

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.