As conclusões e contradições da primeira pesquisa com Temer presidente em três gráficos

Além da pesquisa de popularidade do governo Michel Temer em seus primeiros dias, a CNT/MDA traçou cenário para as eleições de 2018 e para as reformas a serem realizadas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A pesquisa CNT/MDA divulgada na manhã desta quarta-feira (8) foi a primeira de popularidade de Michel Temer e trouxe números também bem interessantes além da avaliação do governo interino. O cenário para as eleições de 2018 e as ações que a população quer que sejam tomadas são alguns dos destaques. A pesquisa foi feita com 2.002 pessoas em 137 municípios. 

Com relação às eleições presidenciais para 2018 vale destacar que, caso o pleito fosse hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria o candidato mais votado em todos os cenários de primeiro turno, tanto em pesquisa espontânea quanto estimulada. Veja abaixo mais detalhes sobre as intenções de voto.

1) Cenários para primeiro turno/2018

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Já no segundo turno, caso a disputa fosse entre Lula e Aécio, o tucano teria 34,3% das intenções de votos, enquanto o petista teria 29,9%. Brancos e nulos somariam 28,8% dos votos, enquanto 7% se declararam indecisos. Caso a disputa fosse entre Aécio Neves e Michel Temer, Aécio ganharia com 32,3% dos votos, ante os 15,8% das intenções de votos para Temer. O percentual de votos brancos e nulos, neste cenário, seria 42,2%. Já os indecisos seriam 9,7%. Em um eventual confronto de segundo turno entre Aécio e Marina Silva, o tucano obteria 29,7% das intenções de votos, ante os 28% declarados para Marina. Brancos e nulos totalizariam 34,6% dos votos; os indecisos seriam 7,7%. Entre Lula e Temer, o petista teria 31,7% dos votos, enquanto Temer teria 27,3%. Brancos e nulos totalizariam 33,4% dos votos e indecisos seriam 7,6%.

Neste cenário, em meio a uma disputa que parece grande entre tantos candidatos, invocando uma forte fragmentação, um dado em especial chamou a atenção: o grande número de brancos/nulos em boa parte dos cenários, sendo que essa opção chega a “vencer” dos candidatos, o que mostra que o cenário está bastante embolado para o próximo pleito, além de indicar insatisfação da população com a classe política. Veja mais destaques abaixo:

2) Cenários para segundo turno/2018

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A pesquisa também perguntou sobre as ações consideradas prioritárias pela população e 57% responderam que o mais importante é gerar empregos. Em segundo lugar, veio como mais importante a melhoria da saúde, que deve ser prioridade em termos de ações governamentais para 41,4% dos entrevistados. O combate à corrupção é o que deve ser priorizado para 30,6% das pessoas consultadas pela pesquisa. A melhoria dos resultados da economia é prioridade para 24,7%; e a redução de gastos do governo, para 15,5%. Em seguida, apareceram como prioridades a melhoria da segurança (14,8%) e as reformas necessárias ao Estado (6,8%).

Além da percepção de que as chances de a presidente afastada Dilma Rousseff voltar ao posto máximo da República são pequenas e que a rejeição a ela hoje é um dos principais trunfos para a permanência de Michel Temer, a pesquisa divulgada nesta quarta traz contradições que merecem atenção. É o caso da forte recusa dos entrevistados à reforma previdenciária (64,7%), mas apoio à fixação de uma idade mínima para a aposentadoria (61,3%). O gráfico abaixo revela a posição dos entrevistados acerca das principais reformas em discussão hoje no País:

3) Reformas pedidas pela população

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.