As 5 notícias que você (provavelmente) perdeu enquanto o Brasil era eliminado da Copa do Mundo

Enquanto Neymar e companhia davam adeus ao mundial da Rússia, o dólar afundava e dois importantes indicadores eram divulgados

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Enquanto o Brasil parava para acompanhar o jogo – e eliminação – da seleção na Copa do Mundo contra a Bélgica, diversos eventos agitavam o mercado, incluindo o início da guerra comercial entre EUA e China, o relatório de emprego norte-americano e a inflação do Brasil. Confira tudo que você provavelmente perdeu nesta sexta-feira (6):

1) Relatório de emprego nos EUA
Os Estados Unidos abriram 202 mil vagas de emprego em junho, ligeiramente acima dos 195 mil novos postos de trabalho projetados pelo mercado. A taxa de desemprego subiu para 4,0%, enquanto esperava-se manutenção em 3,8% no período, ao passo que os ganhos médios por hora recuaram de 0,3% para 0,2% na passagem mensal, ficando abaixo da expectativa (+0,3%), indicando uma menor pressão de custo para as empresas, implicando em uma menor pressão inflacionária e deixa o Fed “tranquilo” em aumentar gradualmente os juros.

2) IPCA
A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou junho com alta de 1,26% ante um avanço de 0,40% em maio, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este foi o resultado a mais elevado para o mês desde 1995, quando subiu 2,26%. A taxa de junho deste ano foi a primeira acima de 1% desde janeiro de 2016, quando o IPCA estava em 1,27%.

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A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 2,60%. Em 12 meses, o IPCA acumulou alta de 4,39%, dentro das projeções dos analistas, que iam de 4,14% a 4,50%, e abaixo da mediana de 4,41%.

3) Dólar afunda e bolsa sobe
Enquanto os investidores acompanhavam a eliminação da seleção brasileira da Copa, o Ibovespa subiu, mas sem muita força por conta da baixa liquidez, fechando com alta de 0,61%, aos 75.007 pontos, encerrando a semana com ganhos de 3,09% e acumulando nove altas em onze pregões.

Já o dólar desabou 1,67%, cotado a R$ 3,8687 na venda, acompanhando outras moedas emergentes, deixando de ser a divisa com pior performance entre 16 principais do mundo e ficando no grupo de maiores ganhos. No exterior, o dólar caiu de forma generalizada após dado de ganhos médios por hora de trabalho nos EUA ficarem abaixo das estimativas e taxa de desemprego subir pela primeira vez desde agosto. Clique aqui e confira todas as movimentações do mercado.

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4) Começa a guerra comercial
Após várias semanas de discussões e temores no mercado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que a partir de meia-noite de quinta para sexta-feira (6) começou a valer as tarifas de US$ 34 bilhões para bens chineses, dando início assim à tão temida “guerra comercial”. A China já havia informado que iria retaliar esta atitude e o risco é que daqui para frente ocorra uma grande disputa que pode prejudicar toda a economia mundial.

Desde às 00h01 desta sexta-feira, as autoridades alfandegárias norte-americanas começaram a cobrar tarifas de 25% sobre as importações chinesas de mercadorias, de arados agrícolas a semicondutores e partes de aviões. É a primeira vez que os EUA impõem tarifas diretas aos produtos chineses após meses em que Trump acusou Pequim de roubar propriedade intelectual americana e inchar injustamente o déficit comercial dos EUA.

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Trump diz que as medidas têm como objetivo beneficiar as empresas americanas, que, segundo sua visão, poderiam se tornar mais competitivas. Além das taxas atuais, uma segunda parte dos bens avaliados em US$ 16 bilhões foi confirmada por Trump pra daqui duas semanas.

A China deu início à sua retaliação já nesta sexta, com tarifas que, inicialmente, afetarão o equivalente a US$ 30 bilhões em produtos americanos. Entre os produtos estão veículos, alimentos e produtos agrícolas, como a soja, o que afetará bastante os agricultores americanos.

5) Pesquisa eleitoral
Se a eleição fosse hoje, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) seria o candidato mais bem votado entre os nomes presentes nas simulações de primeiro turno que desconsideram a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e estaria no segundo turno. De acordo com os cenários estimulados testados pela pesquisa XP/Ipespe, realizada entre 2 e 4 de julho, o parlamentar tem entre 21% e 23% das intenções de voto na ausência do petista, oscilando 1 ponto percentual para cima em todas as simulações, dentro da margem de erro, de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

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Com os resultados apresentados, não seria possível cravar quem seria seu adversário se a decisão ocorresse hoje. No cenário mais indefinido e que possivelmente melhor projeta a largada da corrida presidencial, cinco candidatos aparecem tecnicamente empatados: Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (Podemos) e Fernando Haddad (PT), mediante apoio de Lula. O petista salta do patamar de 2% das intenções de voto para 11% com a simples inclusão da informação de que seria o nome apoiado por Lula, em um exercício que testa o poder de transferência de votos do ex-presidente. As oscilações apresentadas estão dentro da margem máxima de erro quando comparadas aos resultados das últimas quatro semanas.

Quando a candidatura de Lula (PT) é considerada, o ex-presidente lidera isolado, com 28% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro, que tem 20%. Logo depois, vem um pelotão de candidatos tecnicamente empatados: Marina Silva, com 9%; Ciro Gomes e Geraldo Alckmin, ambos com 7%; e Álvaro Dias, com 5%. Brancos, nulos e indecisos somam 19% dos entrevistados. Nas outras simulações, sem a candidatura do líder petista, este grupo de eleitores chega a 35%.

Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados nomes de candidatos aos entrevistados, Bolsonaro tem 14% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Lula, que aparece com 12%. Outros candidatos não passam dos 2%, ao passo que os “não voto”, neste caso, marcam 64% do eleitorado. Veja mais detalhes da pesquisa clicando aqui.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.