As 5 notícias que você deve ficar de olho antes de operar nesta quarta-feira

Cenário de maior cautela global, manutenção de vetos da presidente Dilma no Congresso, Ata do Fomc e prévia do PIB estão no radar dos mercados

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Os mercados mundiais iniciam esta quarta-feira apreensivos em meio à ação anti-terrorismo realizada no norte da França para a captura do mentor dos ataques realizados na capital Paris na última sexta-feira. Enquanto isso, o governo conseguiu importantes vitórias com a manutenção dos vetos presidenciais, mas as análises continuam nesta quarta-feira (18). Entre os dados econômicos, nos EUA, destaque para a Ata do Fomc, enquanto o Brasil olhará para a prévia do PIB, com a divulgação do IBC-Br. Confira no que se atentar hoje: 

Bolsas mundiais
O dia é de cautela para a maior parte das bolsas mundiais, com os mercados asiáticos registrando um dia misto e a Europa em queda com a apreensão global em meio às ações após os atentados em Paris da última sexta-feira (13). Hoje, em uma operação no norte de Paris para a caça do mentor dos ataques, duas pessoas morreram e cinco foram presas. Os mortos seriam 2 terroristas, incluindo uma mulher que teria se matado com uma bomba, enquanto cinco policiais ficaram feridos. As bolsas chinesas, por sua vez, caíram por volta de 1% nesta quarta-feira uma vez que a alta nas ações do setor imobiliário na sequência de dados encorajadores de preços de moradias foi ofuscada pelos recuos em outros setores com investidores realizando lucros. 

Vetos presidenciais e votação do Orçamento
No final da noite de ontem, os s
enadores e deputados reunidos em sessão conjunta do Congresso mantiveram dois importantes vetos da presidente Dilma Roussseff evitando aumentos de salários no Judiciário entre 56,4% e 78,6% e impedindo renúncia fiscal de R$ 16 bilhões no Imposto de Renda. Hoje, haverá a análise de mais cinco vetos presidenciais. O veto ao reajuste das aposentadorias da Previdência Social com valores acima do salário mínimo pelo mesmo índice aplicado ao mínimo estava sendo votado pela Câmara quando Renan foi obrigado a suspender os trabalhos. Uma nova sessão do Congresso Nacional, que reúne deputados e senadores, foi convocada para as 11h30 desta quarta-feira para dar continuidade à análise dos vetos. Vale destacar ainda que a votação do relatório de receitas do Orçamento de 2016 foi adiada de ontem para hoje após acordo entre os membros da Comissão Mista do Orçamento. Deputados e senadores divergiram sobre receita de R$ 10 bi de venda de terras na Amazonia Legal, disse deputado Ricardo Barros (PP-PR).

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Ata do Fomc
Também está marcado para a tarde desta quarta-feira a ata da última reunião do Fomc (Federal Open Market Committee), que poderá dar novas pistas sobre quando os juros deverão voltar subir nos Estados Unidos. As expectativas da maioria do mercado são de que o Federal Reserve promova o primeiro aumento ainda em dezembro. Por lá, o mercado também fica atento à divulgação de dados do setor imobiliário referentes a outubro.

Prévia do PIB
Por aqui, o indicador que chama atenção dos investidores é o Índice de Atividade Econômica medidi pelo Banco Central, referente a setembro. Com previsão para divulgação nesta manhã, o IBC-Br é conhecido pelo mercado como uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto, medido pelo IBGE.

Michel Temer procura espaço
Em meio à possibilidade de cassação da chapa presidencial por conta de irregularidades de campanha que possam ser confirmadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, o vice-presidente da República, Michel Temer, tem se preparado para brigar pela sua posição, desvencilhando-se de Dilma Rousseff em defesa no campo jurídico e apresentando-se como alternativa viável à sociedade caso a titular do cargo perca o posto. Para tal, o presidente do PMDB, não muito conhecido por grande parcela da população, tem buscado maior exposição. Vale monitorar suas próximas movimentações após o pronunciamento feito na véspera, durante o Congresso do partido, em Brasília.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.