As 4 novas perguntas que o Ibope trouxe para as eleições presidenciais

PSDB recebeu pesquisa de ontem à noite com alívio, enquanto Dilma deve avaliar pesquisa com cautela e Marina vê resistência aos ataques; de todo o modo, Ibope influenciará na dinâmica eleitoral

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A pesquisa Ibope realizada entre os dias 13 e 15 de setembro teve como destaque o crescimento das intenções de voto de Aécio Neves (PSDB), que esboçou reação ao subir de 15% para 19% nas intenções de voto no primeiro turno.  

Na simulação de segundo turno, Marina Silva (PSB) aumentou a sua vantagem de dois pontos contra Dilma Rousseff (PT), tendo agora 43% contra 40% da petista. Conforme ressalta a LCA Consultores, a melhora de Aécio teve como destaque a região Sul, onde ele se aproximou da candidata do PSB, com 23% contra 26% de Marina, enquanto Dilma aparece como isolada no Nordeste (48%) e no Sul (34%).  Nas demais regiões, Dilma aparece empatada tecnicamente com Marina. No Sudeste, onde se concentram 44% dos eleitores, a candidata do PSB lidera. Além disso, Dilma segue com a maior rejeição, de 32%. 

Conforme aponta a LCA, confirmando todas as informações, a pesquisa suscita novas questões. Dentre elas, quatro principais: Aécio terá fôlego para continuar avançando?; os efeitos da propaganda petista negativa contra Marina já se exauriram?; o que explica o recuo de Dilma?; efeito bumerangue dos ataques a Marina ou desgaste provocado pelo caso Petrobras?

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“Será preciso aguardar as próximas pesquisas para responder essas questões. Contudo, a tendência predominante até a semana passada – moderada recuperação de Dilma, ligeira queda de Marina e estabilidade de Aécio – no mínimo parece ter se interrompido”.

Porém, aponta a consultoria, de todo o modo, a pesquisa influenciará a dinâmica da da campanha. Aécio Neves deve intensificar os ataques tanto contra Marina quanto contra Dilma. “A tal ‘onda da razão’, termo utilizado pelo tucano para se contrapor a Marina, ainda está longe de adquirir força avassaladora capaz de empurrá-lo ao segundo turno. Mas injetará ânimo na campanha tucana e pode impedir uma onda de defecções de aliados de Aécio que, esta sim, já estava ganhando velocidade”.

Já para Dilma, avalia a LCA, o comitê de campanha petista terá de avaliar com ainda mais cuidado a tática de bater em Marina. Conforme aponta a equipe de análise da XP Investimentos, a petista apareceu como a candidata que mais perdeu na pesquisa e a estratégia de agressividade na campanha, principalmente contra Marina, parece não fazer mais efeito e pode ter causado até um efeito negativo, tendo passado da dose.

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No PSB, destaca a LCA, o objetivo é continuar jogando essencialmente na defesa para assegurar a passagem ao segundo turno em condições favoráveis para contra atacar Dilma na fase final da disputa. A saída dela para combater os ataques, destacando a sua origem humilde, tem dado certo a princípio, avalia a XP. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.