As 4 indicações de Joaquim Levy para a retomada do crescimento em 2016

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o futuro ministro da Fazenda destacou o programa para a retomada em 2016, "fundado em alicerces mais liberais"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o futuro Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, detalhou o programa para a retomada em 2016, “fundado em alicerces mais liberais”.

Confira as quatro principais indicações que Levy deu sobre as suas políticas para que o crescimento volte a ser uma realidade para o Brasil, de acordo com a LCA Consultores. 

1 – Elevação da poupança. Levy afirmou que o fluxo estrangeiro de capitais para o Brasil poderá diminuir por conta de mudanças nas políticas econômicas dos EUA e China e que, na sua visão, estas economias já começaram a adotar políticas mais contracionistas e essa tendência se manterá nos próximos anos.

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Desta forma, cabe ao Brasil elevar a poupança via um ajuste fiscal imediato e a contenção do crescimento do crédito.

2 – Política Fiscal. O esforço primário poderá superar a meta de R$ 66 bilhões se considerar a redução dos subsídios, afirma Levy, sinalizando ainda que o Tesouro deixará de arcar com despesas na área de energia, pois a Conta de Desenvolvimento Energético terá de ser bancada pelos consumidores de energia. Ele também destacou que esses consumidores terão de pagar pelo custo mais alto da geração térmica. As medidas fiscais serão anunciadas em 2015.

3 – Comércio Exterior. No âmbito da política de comércio exterior, Levy defendeu uma maior abertura comercial através das diminuições das barreiras comerciais.

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4 – Política Parafiscal. Em relação a esse tema, o futuro ministro destacou o seu objetivo de reduzir a dualidade no mercado de crédito entre bancos públicos e privados e entre operações subsidiadas e com taxas de juros livres.

Entre as ações que já foram tomadas, estão a elevação da TJLP para 5,5% ao ano e a majoração das taxas de juros do Programa de Sustentação dos Investimentos do BNDES. Os bancos oficiais de crédito terão de aumentar sua eficiência na utilização dos recursos disponíveis.

Neste cenário, Levy voltou a destacar que o mercado de capitais poderá ter um papel importante nesse processo. E essas mudanças na política de crédito dos bancos oficiais poderá aumentar a eficiência da política monetária. Levy ainda falou que os membros de sua equipe serão nomeados brevemente.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.