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SÃO PAULO – Um dos possíveis beneficiários com a saída de Joaquim Barbosa da corrida presidencial, o ex-governador cearense Ciro Gomes adota estratégia política arriscada para caso seja eleito sucessor de Michel Temer na presidência da República. Em diversas declarações recentes, o pedetista fez questão de reiterar um conflito com o MDB e seus principais quadros. Futuramente, a postura pode cobrar um caro preço.
É o que avalia o analista político Richard Back, da XP Investimentos. Para o especialista, Ciro ampliou seu potencial eleitoral com a desistência do ex-ministro do STF, mas ainda precisa costurar uma coalizão mais ampla para avançar na corrida presidencial. Por outro lado, no que se desenharia como perspectivas de governo, além de um programa que pode não ser o mais palatável ao mercado, a capacidade de articulação com o Congresso pode ser um problema potencializado.
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“O que tenho imaginado para o próximo presidente ter capacidade de sucesso aumentada? Primeiro, ele precisa ter legitimidade da urna. Isso cobra um preço, vimos com Temer agora. A segunda coisa seria um programa, um projeto de país. E a terceira condição seria a capacidade de articulação política com o Congresso”, explicou o analista político em entrevista ao InfoMoney.
“O que preocupa com Ciro? Preocupa a questão do programa, mas cabe ajuste. No caso da articulação política, com as manifestações seguidas que tem feito de deixar o MDB do governo e matá-lo de fome, causa uma animosidade com um partido que é enraizado no Congresso e em estruturas do Estado brasileiro. É difícil brigar tão de frente com o MDB e imaginar que conseguirá uma grande articulação política no Congresso. Seria complicada a situação política de Ciro se eleito e se tocasse as coisas desta maneira, ignorando o MDB e tentando brigar. Quem derrubou seu irmão, Cid Gomes [no governo Dilma], foi Eduardo Cunha. O MDB é assim”, avaliou Back.
O analista político conta que sua equipe passou a dar mais atenção à candidatura de Ciro, sobretudo após a saída de Joaquim Barbosa do páreo. “Mesmo que informalmente, ele pode levar uma parte importante do PT e do PSB. Só que, se você imaginar que ele vai ter uma aliança com esses partidos e as candidaturas à reeleição nos estados, lá o governador está alinhado com o PP, o PR, o PSD, com vários partidos que regionalmente podem seguir essa mesma diretriz. Isso quebraria um pouco a força das alianças nacionais”, explicou o especialista.
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A entrevista completa será publicada na próxima semana.
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