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SÃO PAULO – Na medida em que crescem as apostas de aprovação do pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff do cargo por ao menos dois terços do plenário da Câmara e por metade dos senadores, ganham força as especulações sobre quem seriam os nomes a compor um possível ministério de Michel Temer. Entre os mais cotados, os jornais têm mostrado que para a Fazenda as expectativas são por uma indicação capaz de acalmar os ânimos do mercado e resgatar a confiança dos investidores.
Nesse sentido, estão permanentemente na imprensa os nomes dos ex-presidentes do Banco Central Henrique Meirelles e Armínio Fraga — por mais que o último negue disposição em aceitar eventual convite –, o ex-secretário de política econômica da Fazenda Marcos Lisboa ou até o presidente da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), Murilo Portugal. O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, segundo o jornalista d’O Globo Ancelmo Gois, é o mais falado para ocupar a presidência do Banco Central.
Embora não manifeste interesse em assumir a Fazenda, Fraga aparece em destaque na coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo desta sexta-feira. Conta a jornalista que sua nomeação esbarra no problema de que Temer exigiria que o senador Aécio Neves assumisse a paternidade da indicação, a fim de amarrar o apoio tucano às medidas impopulares na economia.
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Outros nomes cotados para ministérios seriam o do também senador tucano José Serra, tido como peça importante nesse processo de impeachment. Apesar disso, a indicação do político paulista pode gerar desgaste em um PSDB rachado. Serra é cotado principalmente para assumir o ministério do Planejamento ou a Saúde.
Também há especulações na Justiça. Segundo o Estadão, interlocutores defendem nomes que reduzam eventuais interferências na Operação Lava Jato. Nesse sentido, aparecem com força os nomes dos ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Brito e Carlos Velloso. Para o ministério das Relações Exteriores, Rubens Barbosa é tido como opção de chanceler.
Para a Casa Civil, existem especulações sobre a nomeação dos articuladores Moreira Franco e Eliseu Padilha. Há quem fale também no senador Romero Jucá, que assumiu interinamente a presidência do PMDB e a posição de frente nas negociações com parlamentares em nome do vice-presidente.
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