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SÃO PAULO – A prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral na última quinta-feira ligou o sinal de alerta no Planalto, de acordo com o noticiário de diversos jornais. O governo avalia que agora o PMDB é a “bola da vez” da Lava Jato, depois do PT, temendo que a Operação se aproxime de auxiliares mais próximos do presidente Michel Temer e afete a governabilidade.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o receio do governo é mais com o que está por vir – na esteira da delação do empresário Marcelo Odebrecht, preso desde junho de 2015 em Curitiba – do que com o que foi revelado até hoje pelos investigadores.
A preocupação do governo é com um possível ambiente de instabilidade política que tende a prejudicar negócios, afugentar investimentos e a afetar ainda mais a recuperação da economia. Segundo a colunista Claudia Safatle, do Valor Econômico, o temor é que turbulências e o novo ímpeto da Lava Jato atrasem a votação da PEC 241 e comprometam a aprovação da reforma da Previdência até meados do próximo ano.
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Os auxiliares presidenciais avaliam ainda, segundo a Folha de S. Paulo, que o foco da operação foi ampliado para os governos estaduais e deve atingir outros partidos, o que pode afetar a base aliada. Outra avaliação de assessores presidenciais é de que a Lava Jato entrou em uma nova fase com prisão de Cabral, que pode ser seguida por outros ex-governadores e até atuais chefes de executivos estaduais.
O Estadão aponta ainda que, embora Cabral não seja próximo de Temer, sempre foi um nome de peso no PMDB e, no passado, chegou a ser mencionado como possível candidato a presidente da República. Causa apreensão no Planalto, ainda, a ligação do ex-governador com o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, e também com Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio e pai do ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ).
Por outro lado, assessores apontaram à Folha que o nome de Temer pode até ser citado em novas operações, mas nada que afete o atual mandato.
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