Apreensivo, Eduardo Cunha afirmou: “se a JBS delatar, será o fim da República”

Cunha também comentou a interlocutores que as delações da empreiteira Odebrecht seriam ‘pequenas causas’ se comparadas ao teor das revelações dos controladores do Grupo JBS, destaca o Estadão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Nesta semana, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) mostrou apreensão com a possibilidade de vazamento do teor das delações dos executivos do Grupo JBS, segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo. Em conversa com interlocutores na prisão, ele afirmou que “se a JBS delatar, será o fim da República”. O peemedebista está recolhido no Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba desde outubro de 2016. 

Cunha também comentou a interlocutores que as delações da empreiteira Odebrecht seriam ‘pequenas causas’ se comparadas ao teor das revelações dos controladores do Grupo JBS, destaca o jornal.

O fato é que as delações vazaram e geraram uma turbulência intensa no governo Michel Temer, que já está sendo visto como acabado após a notícia de que  teria autorizado os donos da JBS a comprar o silêncio do parlamentar.

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De acordo com informações do jornal O Globo, em uma das conversas com Joesley Batista, Temer deu aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados. Segundo o jornal, o executivo disse que Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley.

Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”. Joesley disse também que pagou R$ 5 milhões para Cunha após sua prisão.

Além disso, Joesley afirmou ter gravado Aécio Neves pedindo R$ 2 milhões. O executivo relatou ainda que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega era o seu contato com o PT e era com ele que o dinheiro de propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados. Mantega também operava os interesses da JBS no BNDES.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.