Após vitória, Obama agora enfrenta mesma economia fraca nos EUA

A maior economia do mundo tem enfrentado dificuldades para conseguir alavancar sua economia desde que saiu da recessão de 2007/09

Reuters

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WASHINGTON – Os norte-americanos deram ao presidente Barack Obama o benefício da dúvida de que ele reúne as melhores condições de consertar a economia dos Estados Unidos.

Na verdade, pode não haver muito que ele consiga fazer para acelerar o crescimento e o emprego.

A vitória de Obama sobre o republicano Mitt Romney na disputa pela Casa Branca mostrou-se mais difícil devido às frustrações dos eleitores com o fraco ritmo da recuperação econômica e as preocupações com a elevada dívida pública.

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A melhor chance do presidente de acelerar o crescimento é remover a ameaça de recessão representada pelos 600 bilhões de dólares em aumento de tributos e cortes de gastos do governo, conhecidos como “abismo fiscal”, que já pesa sobre as decisões de investimentos.

E melhor ainda se ele conseguir fazer isso ao mesmo tempo em que garante um acordo de prazo mais longo que coloque o orçamento em um caminho mais sustentável – algo complicado dada a natureza ainda dividida da política em Washington.

“Obama terá que definir algumas dessas questões fiscais para fazer com que a economia avance rapidamente”, disse o economista-chefe da Moody’s Analytics, Mark Zandi. “Se ele não conseguir fazer isso, nós vamos ficar travados.”

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A maior economia do mundo tem enfrentado dificuldades para conseguir qualquer coisa parecida com um crescimento forte desde que saiu da recessão de 2007/09.

O PIB (Produto Interno Bruto) anual se expandiu a uma média de apenas 2,1 por cento nos últimos dois anos. Apenas cerca de 4,5 milhões dos 8,7 milhões de empregos perdidos durante a contração foram recuperados. Cerca de 23 milhões de norte-americanos estão desempregados ou numa situação de subemprego, muitos deles tendo que se contentar com trabalhos de meio período.

Não apenas o governo está emprestando a um nível insustentável, com a dívida agora superando 16 trilhões de dólares, como a recessão deixou cicatrizes duradouras no mercado de trabalho, o que deve manter o desemprego elevado por muitos anos.

Além disso, o crescimento está se desacelerando no exterior, afetando as exportações dos EUA.

Impasse político permanece
Embora os democratas de Obama tenham mantido o controle do Senado, os republicanos retiveram sua posição na Câmara dos Deputados, mantendo o impasse político no Congresso.

Durante seu primeiro mandato, Obama não conseguiu amenizar a divisão entre os dois partidos sobre como reduzir o déficit do orçamento e há pouco para sugerir que dessa vez será mais fácil.

Ele tem pedido uma redução do déficit em mais de 4 trilhões de dólares em um período de 10 anos por meio da elevação de tributos para norte-americanos mais ricos e redução dos gastos com defesa, duas medidas impopulares entre os republicanos.

“Lidar com partidarismo e impasse no Congresso continuará sendo um importante desafio e o resultado da eleição de hoje certamente não torna a situação mais fácil”, disse o economista-chefe do UniCredit Research, Harm Bandholz.

A total implementação do plano de corte de déficit de Obama vai afetar o crescimento em 2013, e alguns economistas esperam que ele ofereça alguma forma de alívio tributário para as famílias em busca de amenizar o golpe.

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