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SÃO PAULO – Após severas críticas relativas a seu comportamento durante a última reunião do G7, o ministro das Finanças japonês, Shoichi Nakagawa, afirmou nesta terça-feira (17) que renunciará a seu cargo.
Nem mesmo o pedido do primeiro ministro, Taro Aso, para que permanecesse em seu posto foi suficiente que o responsável pela condução da política econômica do Japão suportasse as fortes pressões de partidos da oposição e de membros do próprio governo.
Nakagawa teve dificuldade em participar de entrevista coletiva realizada em Roma, onde ocorreu o encontro do grupo que reúne Itália, EUA, Japão, Canadá, França, Reino Unido e Alemanha, levantando suspeitas de que estivesse alcoolizado
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Desconfiança
O ministro das Finanças afirmou ter dado apenas um pequeno gole de vinho, atribuindo a culpa de seu comportamento disperso a um remédio para gripe. Todavia, o Partido Democrático do Japão, principal força de oposição, amplificou suas críticas ao comportamento imoral dos membros do governo.
Uma de suas colegas de governo, a ministra Seiko Noda, qualificou as imagens como “chocantes”, mas ressaltou que a decisão sobre sua saída era exclusivamente sua e do primeiro ministro, que já nomeou o ministro da economia, Kaoru Yosano, como substituto.
Com o mínimo apoio popular do atual governo – abaixo de 10% da população, segundo as últimas pesquisas de opinião – e os graves efeitos da crise econômica sobre o país, espera-se que eleições para o parlamento ocorram até o final deste ano, o que poderá retirar do poder o partido Liberal Democrata após décadas de predomínio.