Após PT falar em processo, Aécio rebate: “não retiro absolutamente nada do que disse”

Durante o final de semana, o tucano afirmou na televisão que não perdeu a eleição para um partido, mas sim para uma organização criminosa

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Em evento realizado nesta segunda-feira (1) em Florianópolis, o senador tucano Aécio Neves ironizou o presidente nacional do PT, Rui Falcão, que mais cedo afirmou que iria interpelar Aécio judicialmente. Tudo isso por conta de uma declaração do tucano, feita no final de semana, onde ele dizia que não havia perdido as eleições para um partido, mas sim para uma organização criminosa.

“Ao invés de interpelar, por exemplo, o tesoureiro do seu partido [João Vaccari Neto], acusado por um dos membros da quadrilha de ser uma parte desse processo, o PT quer processar o acusador”, afirmou Aécio, que completou: “Não retiro absolutamente nada do que disse”. “O PT tem esse vício. Ao invés de interpelar os seus membros que cometeram crimes, como, por exemplo, na época no mensalão, os tratou como heróis nacionais”, disse Aécio, que participou hoje de uma reunião da Executiva Estadual de sua legenda.

O senador ainda aproveitou para criticar o líder do PT no Senado, Humberto Costa, que rebateu na tribuna do Senado as declarações de Aécio: “Eu até relevo o momento difícil por qual ele passa, porque ele tem que dividir suas idas à tribuna, em algumas delas para acusar a oposição e, em outras, para se defender da acusação de ter sido beneficiário na sua eleição de recursos do esquema de corrupção da Petrobras”.

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Durante a entrevista do final de semana, dada ao jornalista Roberto D’Ávila, do Globo News, Aécio criticou bastante a campanha eleitoral da presidente Dilma: “Essa campanha passará para a História. A sordidez, as calúnias, as ofensas, o aparelhamento da máquina pública, a chantagem para com os mais pobres, dizendo que nós terminaríamos com todos os programas sociais. Essa sordidez para se manter no poder é uma marca perversa que essa eleição deixará”.

Por outro lado, ao comentar as discussões que teve durante a campanha, ele afirmou: “as brigas fazem parte do jogo político, mas as discussões devem ser de ideias e não entre pessoas”. E ainda fez um balanço de sua campanha, definindo-se como o porta-voz da mudança que o Brasil queria: “foi uma experiência única e representou o sentimento do Brasil de ser protagonista do próprio destino”. Ao comentar sobre a derrota em Minas Gerais nos primeiro e segundo turno da eleição, ele afirmou que pode não ter dado tanta atenção ao estado, pois não achava que teria problemas por lá. 

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.