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SÃO PAULO – Um dia após a Polícia Federal concluir inquérito em que vê indícios de crime cometido pelo presidente Michel Temer em suposta organização criminosa formada por integrantes do PMDB na Câmara, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência divulgou nota em que afirma que “facínoras roubam do país a verdade” e que “bandidos constroem versões” em busca de imunidade ou perdão de crimes.
“Reputações são destroçadas em conversas embebidas em ações clandestinas”, afirma o texto divulgado nesta terça-feira (12). O documento, porém, não cita diretamente nem a Polícia Federal nem Lúcio Funaro, que afirma que o peemedebista teria autorizado caixa 2 para a campanha de Gabriel Chalita, em 2012.
O presidente também afirma que garantias individuais estão sendo “violentadas diuturnamente sem que haja a mínima reação”. “Chega-se ao ponto de se tentar condenar pessoas sem sequer ouvi-las. Portanto, sem se concluir investigação, sem se apurar a verdade, sem verificar a existência de provas reais. E, quando há testemunhos, ignora-se toda a coerência de fatos e das histórias narradas por criminosos renitentes e persistentes”, afirma.
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Confira a nota do Planalto na íntegra:
O Estado Democrático de Direito existe para preservar a integridade do cidadão, para coibir a barbárie da punição sem provas e para evitar toda forma de injustiça. Nas últimas semanas, o Brasil vem assistindo exatamente o contrário.
Garantias individuais estão sendo violentadas, diuturnamente, sem que haja a mínima reação. Chega-se ao ponto de se tentar condenar pessoas sem sequer ouvi-las. Portanto, sem se concluir investigação, sem se apurar a verdade, sem verificar a existência de provas reais. E, quando há testemunhos, ignora-se toda a coerência de fatos e das histórias narradas por criminosos renitentes e persistentes. Facínoras roubam do país a verdade. Bandidos constroem versões “por ouvir dizer” a lhes assegurar a impunidade ou alcançar um perdão, mesmo que parcial, por seus inúmeros crimes. Reputações são destroçadas em conversas embebidas em ações clandestinas.
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Muda-se o passado sob a força de falsos testemunhos. Vazamentos apresentam conclusões que transformam em crimes ações que foram respaldas em lei: o sistema de contribuição empresarial a campanhas políticas era perfeitamente legal, fiscalizado e sob instrumentos de controle da Justiça Eleitoral. Desvios devem ser condenados, mas não se podem criminalizar aquelas ações corretas protegidas pelas garantias constitucionais.
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