Após pesquisas, PT admite pela primeira vez risco de derrota de Dilma, diz Folha

A campanha está em alerta porque a expectativa inicial era de que apenas Aécio Neves (PSDB) caísse, mas Dilma também perdeu votos

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A pesquisa Ibope de ontem, mostrando que a candidata Marina Silva (PSB) está 9 pontos percentuais a frente da atual presidente Dilma Rousseff (PT), além de pesquisas informais, fizeram o PT falar pela primeira vez em risco de derrota, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

Antes da entrada de Marina Silva, este risco parecia improvável. A campanha está em alerta porque a expectativa inicial era de que apenas Aécio Neves (PSDB) caísse, mas Dilma também perdeu votos. 

E, agora, os petistas buscam estratégias para desconstruir a imagem de Marina, visando a disputa de um segundo turno com a candidata do PSB. Vale ressaltar que, nos últimos dias, em meio a esse cenário, alguns integrantes do PT defenderam o “Volta Lula”, hipótese esta rechaçada pelo ex-presidente. 

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Na campanha de Dilma, o sentimento é de preocupação. “Ela (Marina) é a catalisadora  do sentimento do contrário”, disse uma fonte à Reuters que pediu para não ser identificada. “A Marina está sendo vista como o oposto a Dilma.” Segundo a fonte ponderou, no entanto, que é preciso ver se o discurso de insatisfação continua e, se sim, até quando.

 

   

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Um outro petista procurou mostrar menos apreensão. “A situação ainda não está consolidada”, resumiu.

Do lado tucano, o senador Agripino Maia (DEM-RN), coordenador da campanha de Aécio, disse que o Ibope retrata um cenário em que dois candidatos têm sido expostos e questionados –Dilma e Aécio– contra uma candidata que tem tido exposição positiva e não tem sido questionada.

   

“É preciso esperar pelo menos 20 dias para que os três equilibrem o nível de exposição  e de questionamento”, disse Maia, garantindo que nada muda na estratégia da campanha tucana. O resultado do Ibope, disse, “preocupa, mas não chega a inquietar”.

  

Para os correligionários de Marina, a tarefa é outra: conter o entusiasmo. Uma fonte próxima ao núcleo da campanha do PSB disse que o clima no partido é de empolgação, mas Marina tem pregado a necessidade de manter os pés no chão e “vestir sandálias de algodão”.

(Com Reuters) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.