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SÃO PAULO – O depoimento de Marcelo Odebrecht ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última quarta-feira (1) confirmando o pagamento de caixa 2 à chapa de Dilma Rousseff-Michel Temer em 2014 deixou o governo federal em alerta.
Segundo informa a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, as falas de Odebrecht fizeram com que o Planalto passasse a ver a separação da campanha – ou ao menos a responsabilidade sobre as contas – como única maneira para que Michel Temer se salve.
Avalia-se que a fala, respaldada pela homologação da delação no STF (Supremo Tribunal Federal) é suficiente para cassar o mandato do presidente caso a corte decida pela unidade da chapa presidencial. “Em caso de separação, a aposta é a de que o presidente ainda pode sobreviver”, ressalta a coluna.
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Os depoimentos prestados fazem parte da investigação do TSE sobre irregularidades nas contas da campanha presidencial de 2014, que elegeu a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer.
O depoimento de Odebrecht também deu peso maior à fala de Alexandrino Alencar, na próxima semana, diz a coluna da Folha. Odebrecht confirmou que as negociações de doações à chapa para cooptar apoio à aliança foram encabeçadas pelo ex-subordinado no grupo.
Vale destacar que, segundo informações da Reuters, também em depoimento ao TSE, o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis afirmou que a empreiteira repassou R$ 4 milhões em recursos de caixa dois para “consolidar” o apoio do PDT à chapa nas eleições presidenciais de 2014.
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De acordo com Reis, o então presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, pediu que Reis procurasse Alexandrino de Alencar, ex-executivo da empresa, porque este “precisava de apoio”. Alexandrino, que foi diretor de Relações Institucionais da empreiteira e vice-presidente da Braskem, teria ficado responsável por negociar o apoio de cinco partidos –além do PDT, PRB, PROS, PcdoB, e PP– em troca de repasses financeiros.
(Com Reuters)
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