Após desistência de “Careca do INSS”, CPMI quer ouvir seis testemunhas nesta quinta

Comissão investiga fraude no INSS que teria desviado dinheiro público nos últimos anos

Marina Mota Silva

Congresso Nacional, em Brasília. (Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil)
Congresso Nacional, em Brasília. (Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil)

Publicidade

O presidente e o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), se reuniram com líderes do governo e da oposição na tarde desta segunda-feira (15), para decidir os próximos passos da comissão, após a desistência do depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.

Segundo o presidente da comissão, nesta terça haverá uma sessão extrapauta para votar seis requerimentos para comparecimento na quinta-feira (18), como testemunhas, dos seguintes nomes: Tânia Carvalho dos Santos e Romeu Carvalho Antunes, esposa e filho do “Careca”, Rubens Oliveira Costa, sócio, Milton Salvador de Almeida Junior, também sócio e Cecília Montalvão, esposa de Maurício Camisotti e o advogado Nelson Wiliams, que também foi alvo da Polícia Federal.

Leia também: “Careca do INSS” diz que não vai comparecer à CPI, e sessão é cancelada

“É uma resposta que a CPMI quer dar à falta de seriedade do advogado de Antônio Carlos Camilo, em relação ao acordo que foi feito conosco”, afirmou Carlos Viana. Todos os envolvidos estão sendo chamados inicialmente como convidados.

Segundo o relator, “o Brasil não quer saber de ideologia A ou B, quer saber quem roubou aposentados e pensionistas”.

“Nossa preocupação agora é receber as quebras de sigilo bancário e telefônico, que são mais importante, e tenho confiança que nomes que já estão presos e serão presos comecem a colaborar”, afirmou o relator Alfredo Gaspar.