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SÃO PAULO – Em meio à escalada de casos e óbitos por Covid-19 pelo país e ao colapso do sistema de saúde no Amazonas, brasileiros em diversas cidades fizeram panelaços contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na noite desta sexta-feira (15).
O evento, convocado por políticos e personalidades pelas redes sociais e aplicativos de mensagens, foi um recado da insatisfação de eleitores com a forma como o governo federal tem lidado com a pandemia do novo coronavírus.
As primeiras convocações para o panelaço foram feitas pela Frente Povo Sem Medo, organização que reúne movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos de esquerda. Ao longo do dia, o movimento ganhou o apoio de outras figuras, como o empresário e apresentador Luciano Huck. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu manifestações nas janelas contra o presidente.
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O estopim para os atos foi o agravamento da situação da pandemia em Manaus (AM), que sofre com a falta de oxigênio nas unidades hospitalares desde quinta-feira (14), o que levou à morte de pacientes por asfixia. Manifestantes também criticaram a demora no início da campanha de vacinação contra o novo coronavírus.
Os panelaços, acompanhados de gritos de “Fora, Bolsonaro” e “genocida”, começaram a ser ouvidos por volta das 20h20. Há relatos e vídeos publicados nas redes sociais das manifestações em Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
Na capital paulista, as manifestações foram ouvidas em bairros de todas as regiões. Edifícios do centro também tiveram projeções pedindo o impeachment de Bolsonaro – coro entoado por muitos manifestantes.
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Não é a primeira vez que brasileiros organizam panelaços contra o presidente durante a crise sanitária. Em março, mês em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou pandemia de Covid-19, houve 14 dias consecutivos de manifestações contra Bolsonaro em diversas capitais do país.
Além do som das panelas, as pessoas pediam a saída do presidente, em reação a declarações minimizando a pandemia e atitudes que iam de encontro com as recomendações de autoridades médicas, como a promoção de aglomerações – inclusive, em manifestações antidemocráticas, que pediam o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
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