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SÃO PAULO – O governo faz uma força-tarefa para barrar o início do processo de impeachment e passou os últimos dias contando os votos que tem no Congresso para barrar a possível tramitação do pedido. Porém, as notícias não são boas para a presidente Dilma Rousseff, conforme destaca o jornal O Estado de S. Paulo de hoje.
Segundo o jornal, citando mapeamento feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o governo tem apoio de 200 dos 513 deputados na Câmara, o que é insuficiente para frear um eventual pedido de afastamento da presidente.
Na semana passada, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (PSDB-SP), afirmou que 280 deputados são favoráveis à abertura do processo de impedimento da presidente. Já segundo o Valor Econômico de hoje, este número aumentou. Líderes governistas já contabilizam cerca de 320 votos favoráveis à abertura do processo. Ainda assim, a situação somente se tornará incontrolável, se uma segunda agência de rating rebaixar a nota do país, seguindo a Standard & Poor’s, na semana passada.
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Além disso, preocupa o Palácio do Planalto também a deterioração do relacionamento com o vice-presidente Michel Temer, que comanda o PMDB, e com a bancada do partido. Conforme destaca o Estadão, Dilma se reuniu ontem à noite com 19 governadores da base aliada e, embora o encontro tenha sido para pedir apoio às medidas de austeridade fiscal, o governo tentou vender a imagem de que está reagindo à crise e que a presidente espera respaldo dos governadores contra a tentativa de derrubá-la.
O script da oposição para o processo é de que o presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rejeitaria os pedidos de impeachment. Então, deputados da Frente Pró-Impeachment, recorreriam ao plenário para votar pela admissibilidade do impeachment, o primeiro passo para o afastamento de um presidente. Depois disso, o processo passaria a ser apreciado por todos os parlamentares. Como o voto é aberto, até parlamentares da oposição que são contra o impeachment se veriam obrigados a votar a favor.
Por outro lado, informa a Folha de S. Paulo, Cunha demonstra não ter pressa para analisar os pedidos de impeachment. Se ele não examina os pedidos, eles ficam na gaveta até que ele decida o contrário. Segundo o jornal, a calma de Cunha estaria ligada à falta de consenso no PMDB para as condições de adesão ao afastamento da presidente, mas as negociações internas continuam. Outra variável é a Operação Lava Jato e o conteúdo das delações premiadas que pode envolver grandes nomes do PMDB.
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