Ao NYT, Dilma rebate críticas e diz que desigualdade caiu no Brasil, enquanto sobe nos EUA

Para a presidente, o aumento de renda criou novos desafios, que se refletiram nas manifestações de junho do ano passado; segundo ela, a Copa é uma oportunidade para fortalecer a posição do Brasil no cenário global

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista ao jornal New York Times na última terça-feira (3), a presidente Dilma Rousseff afirmou que as desigualdades sociais diminuíram no Brasil, enquanto aumentam nos Estados Unidos e em parte da Europa. 

Sobre o assunto, Dilma elogiou o trabalho do economista Thomas Piketty, que escreveu o livro “O Capitalismo no Século XXI”, que vem causando polêmicas em meio aos estudos sobre o aumento da desigualdade de renda. “Eu acho que ele fez um trabalho fantástico”, afirmou ao jornal.

Para a presidente, o aumento de renda criou novos desafios, que se refletiram nas manifestações de junho do ano passado, com queixas que se originam principalmente da má qualidade dos serviços prestados. “A classe média tem mais desejos, mais exigências”, destacou ao jornal. 

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Às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, a presidente rebateu críticas e defendeu as ações realizadas para garantir o evento no País, caso dos empréstimos de bancos estatais para a construção de novos estádios e disse que apenas uma pequena minoria planeja “fugir” do evento. A publicação ressalta que, apesar de favorita na corrida presidencial, o governo da presidente é alvo de críticas pelos atrasos nos projetos da Copa e de outras obras públicas.

Dilma destacou ainda que a Copa é uma oportunidade para fortalecer a posição do Brasil no cenário global e também estreitar as relações com os EUA, que está abalada desde a crise de espionagem ocorrida no ano passado. Ela diz que pretende se encontrar com o vice-presidente americano Joe Biden, que estará no Brasil para assistir a partida entre Gana e Estados Unidos.

“Estou certa de que poderemos voltar as nossas relações da onde paramos”, enfatizando a importância do comércio com os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China.

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Fazendo uma referência pública rara ao período em que esteve presa, Dilma afirmou que, mesmo contra o regime ditatorial, torceu pela seleção brasileira durante a Copa do Mundo de 1970. “Naquele tempo, muitas pessoas de oposição ao governo questionaram se esta atitude (de não torcer pelo Brasil) reforçaria o regime de ditadura. Eu não tive esse dilema”, afirmou.

O jornal destacou a situação complicada de Dilma neste ano eleitoral. A presidente enfrenta uma onda de greves, uma economia lenta e uma corrida presidencial colocando-a contra rivais que tiveram crescimento nas pesquisas de opinião pública, ressaltou a publicação. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.