“Ao encontro do que a maioria dos brasileiros espera”: políticos comentam declaração à nação de Bolsonaro

Bolsonaro divulgou nota no final da tarde com conteúdo apaziguador, declarando respeito pelas instituições

Reuters

Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)

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BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro afirmou em nota nesta quinta-feira que pessoas que exercem o poder não têm o direito de “esticar a corda” a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia, ao mesmo tempo que disse que nunca teve a intenção de agredir quaisquer dos Poderes.

Bolsonaro acrescentou que boa parte das divergências que têm causado conflitos decorrem de entendimentos a respeito de decisões adotadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das fake news.

As declarações constam de uma Declaração à Nação publicada dois dias depois de Bolsonaro atacar duramente Moraes durante manifestação com apoiadores em São Paulo e afirmar que não mais acataria decisões do magistrado.

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Veja a seguir comentários sobre as declarações de Bolsonaro.

SENADOR RODRIGO PACHECO (DEM-MG), PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL:

“A Declaração à Nação do presidente Jair Bolsonaro, afirmando inclusive que a ‘harmonia entre os Poderes é uma determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar’, vai ao encontro do que a maioria dos brasileiros espera.”

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“Respeito entre os Poderes, obediência à Constituição e compromisso de trabalho árduo em favor do desenvolvimento do país. É disso que o Brasil precisa e que vamos continuar defendendo.”

SENADORA SIMONE TEBET (MDB-MS):

“Primeiro que ele deu realmente um tiro no pé, o 7 de Setembro não foi bom pra ele, foi bom para a minoria dele, foi péssimo para quem já estava indeciso, ficou assustado, percebeu isso.”

“O meio político deu uma resposta contundente de que não aceitaria e o Judiciário, e ele teve que recuar. Bom, ele não tinha saída. Na realidade, ele estava diante de um xeque.”

“Conseguiu mover a peça para evitar um xeque-mate. Só que ele consegue temporariamente alguma coisa no meio político, mas ainda assim ele perde, ou talvez perca aquilo que era a única coisa que ele tinha. Grande parte do público dele é um público do radicalismo, são os 10% que não estão entendendo e não vão entender essa carta. Vão se sentir abandonados como aconteceu com os caminhoneiros.”

DEPUTADO MARCELO RAMOS (PL-AM), PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA:

“Não julgarei as motivações do presidente pra emitir a Nota Oficial em que pede desculpas e tenta uma pacificação. Há um país real muito sofrido esperando capacidade de enfrentar o desemprego, a fome e a inflação. Se o recuo do presidente servir a esses objetivos, vamos em frente.”

“Que não sejam só palavras jogadas ao vento, como foram as últimas vezes e que não sirva para apagar todos os crimes cometidos até aqui.”

CIRO NOGUEIRA, MINISTRO DA CASA CIVIL:

“A harmonia e o diálogo entre os Poderes compõem as bases nas quais se sustenta nosso país. O gesto do presidente Jair Bolsonaro demonstra que estamos unidos no trabalho pelo que mais importa, a recuperação do nosso país e o cuidado com os brasileiros.”

FERNANDO HADDAD, EX-CANDIDATO DO PT À PRESIDÊNCIA:

“Quanto tempo vai levar para Bolsonaro produzir uma nova crise, prejudicar ainda mais o país e em seguida pedir arrego? O país já aguentou três anos dessa estupidez. Não é o bastante?”

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