Antes de ser preso, Eduardo Cunha pediu ajuda a integrantes do governo

Desde sua derrocada, o peemedebista dizia-se traído e alegava merecer alguma gratidão por ter contribuído no processo de impeachment de Dilma Rousseff

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Ao saber que seria preso pela Operação Lava Jato, o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) procurou integrantes do governo para pedir ajuda. Conforme conta a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, o peemedebista repetia impaciente ao telefone: “Eu vou ser preso, eu vou ser preso”. “Estão atrás de mim. Vou acabar pagando esse preço”.

O jornalista Josias de Souza lembra que desde que foi cassado, há 38 dias, Cunha atribui sua derrocada ao presidente Michel Temer e aos auxiliares palacianos. Com o tempo, o ex-parlamentar passou a queixar-se do que chamou de “traição”, alegando merecer alguma “gratidão” por ter contribuído de forma significativa no êxito do impeachment de Dilma Rousseff.

Apesar das mágoas, o ex-deputado não dá sinais de que aceitaria um acordo de delação premiada, mas as possibilidades de Cunha atirar para todos os lados preocupa o mundo político em Brasília.

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Ainda segundo o jornal Folha de S. Paulo, não houve surpresas por parte de Cunha com a prisão. Em meio à sua derrocada política, o peemedebista dedicou seu tempo em sua defesa na Justiça e ao livro que prepara sobre o impeachment de Dilma e a crise política. Entendida como uma espécie de “delação informal”, a obra vinha recebendo ampla dedicação do parlamentar cassado, que dizia ter mais de 100 páginas prontas.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.