Antes de “ir para o ataque”, governo precisa ajustar seu “meio de campo” – e um partido será chave neste processo

Fortalecimento da base passa por uma reorganização junto ao PSDB, afirma Rodrigo Maia

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Preocupado com o fortalecimento da base aliada passada a denúncia contra Michel Temer, Rodrigo Maia defendeu nesta quinta-feira (3) que o governo se aproxime do PSDB para minimizar o racha visto na votação no plenário da Câmara e reorganize sua “tropa de choque”, já que o presidente terá pela frente o andamento da agenda de reformas e mais uma denúncia de Rodrigo Janot.

 “O ponto chave é reorganizar com o PSDB. O PSDB e muito importante para a base do governo”, afirmou o presidente da Câmara. Segundo ele, o governo precisa garantir ao menos 330 a 340 deputados antes de se aventurar no campo das reformas. No caso da Reforma da Previdência, que é um dos principais anseios do governo, são necessários 308 votos para aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional na Câmara e, assim, homologar o texto.

“O PSDB é a favor dessa agenda. A parte do PSDB que votou pela abertura do processo também defende as reformas. Já passou a denúncia, é importante que a gente deixe ela para trás e que a gente olhe para a frente. A Câmara decidiu rejeitar a denúncia então temos que olhar o governo até 2018”, afirmou o presidente da Câmara.

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Não tem solução

Na visão do líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini, a vitória de Temer na Câmara deve ser relativizada, uma vez que apontou um racha na base aliada, principalmente no lado do PSDB, que saiu “profundamente dividido”. De acordo com Zarattini, a estratégia do presidente para angariar votos deve gerar “muito confronto na base” entre os parlamentares fiéis e dissidentes.

“Os parlamentares que foram fiéis ao governo vão querer uma diferenciação em relação aos infiéis. Vão alegar que, ao votarem pela admissibilidade da denúncia, os infiéis não apenas divergiram do governo, mas votaram contra o governo”, garantiu o líder petista na Câmara.

Sobre o andamento da agenda de reformas, que volta a ser o grande foco do governo até última ordem, Zarattini não prevê um caminho fácil para o presidente, tanto que não acredita que uma futura proposta será aprovada em plenário um ano antes das eleições.

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