Analistas voltam a olhar para Petrobras: ação começa a ficar “interessante”

Segundo a XP Investimentos, o papel já embute boa parte da interferência do governo na estatal; forte desvalorização nos últimos meses levou o ativo a negociar a um múltiplo próximo ao da crise de 2008

Paula Barra

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SÃO PAULO – As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) vêm sendo fortemente penalizadas pelo mercado nos últimos meses. Da metade de novembro de 2013 para cá, os papéis acumulam perdas de cerca de 30%. Toda essa queda pode começar agora a abrir oportunidade aos investidores, avaliam os analistas da XP Investimentos. 

Não é que gostem do case da Petrobras, mas essa forte desvalorização levou os papéis a níveis interessantes, comentam os analistas. Para eles, o atual patamar das ações já embute boa parte da interferência do governo, com a ação negociando a um P/BV (Preço sobre Valor Patrimonial, na sigla em inglês) de 0,57 vezes. Isso significa que a empresa vale em bolsa 57% do seu patrimônio líquido. Desde a crise de 2008, o ativo não atingia esse múltiplo. 

Com isso, eles comentam que, mesmo com toda a interferência do governo, a Petrobras deve entregar crescimento de produção em 2014, com entrada de novas plataformas e outras que estão produzindo desde o ano passado, como Sapinhoá, Projeto Baúna, Projeto Piloto de Lula NE, Projeto Papa Terra, Projeto Roncador Módulo III, Projeto Parque das Baleias, Projeto Papa-Terra.

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Tendo em vista os níveis atuais dos papéis e as expectativas de crescimento da empresa, os analistas da XP recomendam encerrar a posição “short” (ou vendida) que era indicada para o papel. 

A análise já contempla a notícia da véspera de que a Petrobras terá que pagar R$ 10 milhões por violar o direito de greve durante uma paralisação na Refinaria de Duque de Caxias, em 2009. Além da indenização, a decisão determina que a Petrobras se abstenha de praticar atos que impeçam ou dificultem o exercício do direito de greve. Para cada obrigação descumprida, a multa aplicada será de R$ 100 mil, segundo informou o TRT/RJ. A estatal informou que vai recorrer da decisão da Justiça do Trabalho. 

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