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SÃO PAULO – Parlamentares alinhados ao governo Lula asseguram que a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) será votada pelo Senado na terça-feira (11). A data é eminentemente política – testando a habilidade da base governista -, mas com claras implicações econômicas.
Para os analistas do Credit Suisse no Brasil, “a CPMF é a principal demanda do governo no segundo mandato”. Eles avaliam que o conjunto de preferências dos senadores em relação ao imposto não está bem definido até o momento. Portanto, os riscos envolvidos são grandes.
As ameaças à CPMF
Graças às dissidências internas, o governo Lula não tem maioria suficiente para aprovar a renovação da CPMF no Senado. Por isso, interpreta o Credit Suisse, “será preciso conquistar o apoio de dois ou três senadores de fora da base”. Só assim para garantir os 49 votos necessários.
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O banco de investimentos também alerta que o prazo de votação é bastante apertado. E a interrupção das negociações com a oposição “aumentou consideravelmente o risco de não-renovação da CPMF em 2007”.
Cenários possíveis
Como cenário de referência, o Credit mantém a aposta de aprovação do imposto. Contudo, duas situações alternativas merecem ser consideradas.
- CPMF aprovada
O governo consegue aprovar a renovação da CMPF. Eventuais concessões acordadas com os partidos são implementadas através de Medidas Provisórias, para evitar que o projeto volte à Câmara dos Deputados.
- CPMF adiada
Temendo a derrota, o governo opta por adiar a pauta para o primeiro trimestre de 2008. Haveria um conjunto mais amplo de concessões e a arrecadação seria comprometida, ao menos por seis meses.
- CPMF reprovada
O governo vota a medida, sem sucesso. Uma nova proposta é apresentada, para ser discutida em 2008. Nesse caso, a perda de arrecadação seria mais significativa.