Amoêdo chega a 4% e aparece tecnicamente empatado com Ciro, Marina e Alckmin, revela XP/Ipespe

Na pesquisa espontânea, empresário atinge 3% das intenções de voto, empatando com candidatos bem mais conhecidos e com maior estrutura partidária

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – O empresário João Amoêdo (Novo) voltou a se destacar em uma pesquisa eleitoral. Embora ainda seja um nome desconhecido por boa parte do eleitorado, o “nanico” atingiu a marca de 3% das intenções de voto no cenário espontâneo da pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta sexta-feira (31). O resultado representa uma oscilação positiva de 2 pontos percentuais em relação aos níveis registrados nas últimas 12 semanas. A margem de erro máxima da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

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O novo patamar de Amoêdo é o mesmo de outros candidatos bem mais conhecidos e com maior estrutura partidária, caso de Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (REDE). Neste mesmo cenário, apenas aparecem à frente de Amoêdo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 19% das intenções de voto, e o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 16%. Brancos, nulos e indecisos somam 50%.

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A pesquisa espontânea é um bom indicador do apoio cristalizado a um candidato. Nela, os eleitores dizem em quem votariam se a eleição fosse hoje, sem que sejam apresentados nomes de candidatos pelos entrevistadores.

Na pesquisa estimulada, Amoêdo agora tem 4% das intenções de voto em todos as simulações de primeiro turno feitas, taxa 2 pontos percentuais acima da registrada uma semana atrás. Com o novo patamar, pela margem de erro o candidato do Novo agora empata tecnicamente com Ciro Gomes (8%), Marina Silva (7%) e Geraldo Alckmin (7%) no cenário com Lula.

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Sem Lula, Amoêdo aparece com o mesmo percentual do senador Álvaro Dias (Podemos) e empata tecnicamente com Fernando Haddad (PT), com 6%, Alckmin, com 9%, e Ciro, com 10%.

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Já na simulação que testa os efeitos de apoio explícito de Haddad a Lula, Amoêdo empata tecnicamente com Alckmin (8%), Marina (10%) e Ciro (10%), no limite da soma das margens de erro.

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A pesquisa também testou a segunda opção de voto dos eleitores. Nesta parte, o entrevistado questionava em quem os entrevistados votariam se seus candidatos não disputassem a eleição. O levantamento mostra que Amoêdo herdaria 10% dos votos de Bolsonaro e 5% dos de Álvaro Dias.

Metodologia

A pesquisa XP/Ipespe foi feita por telefone, entre os dias 27 e 29 de agosto, e ouviu 1.000 entrevistados em todas as regiões do país. Os questionários foram aplicados “ao vivo” por entrevistadores (com aleatoriedade na leitura dos nomes dos candidatos nas perguntas estimuladas) e submetidos a fiscalização posterior em 20% dos casos para verificação das respostas. A amostra representa a totalidade dos eleitores brasileiros com acesso à rede telefônica fixa (na residência ou trabalho) e a telefone celular, sob critérios de estratificação por sexo, idade, nível de escolaridade, renda familiar etc.

O intervalo de confiança é de 95,45%, o que significa que, se o questionário fosse aplicado mais de uma vez no mesmo período e sob mesmas condições, esta seria a chance de o resultado se repetir dentro da margem de erro máxima, estabelecida em 3,2 pontos percentuais. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo código BR-07252/2018 e teve custo de R$ 30.000,00.

O Ipespe realiza pesquisas telefônicas desde 1993 e foi o primeiro instituto no Brasil a realizar tracking telefônico em campanhas eleitorais, a partir de 1998. O instituto tem como presidente do conselho científico o sociólogo Antonio Lavareda e na diretoria executiva, Marcela Montenegro.

Em entrevista concedida ao InfoMoney em 12 de junho, Lavareda explicou as diferenças de metodologias adotadas pelos institutos de pesquisa e defendeu a validade de levantamentos feitos tanto presencialmente quanto por telefone, desde que em ambos os casos procedimentos metodológicos sejam seguidos rigorosamente, com amostras bem construídas e ponderações bem feitas. Veja as explicações do sociólogo:

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.