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SÃO PAULO – As ameaças de rompimento de partidos como o DEM e o PSDB da base aliada do governo Michel Temer estão sendo constantes. Primeiro foi Ronaldo Caiado (DEM-GO) e depois foi Tasso Jereissati (PSDB-CE), que falaram em sair da base caso o governo trabalhe pela aprovação do projeto que aumenta o salário dos ministros do STF.
Porém, de acordo com a LCA Consultores, essas “não são ameaças críveis”. Isso porque o PSDB tem três ministérios (Relações Exteriores, Justiça e Cidades) e outros cargos importantes no segundo escalão do governo. “Não parece disposto a abrir mão desses espaços tão cedo”, dizem os consultores. Já o DEM possui o Ministério da Educação; além disso, após passar tempos difíceis na oposição, “dificilmente deixará o abrigo governista”, diz a LCA.
A consultoria ainda aponta que, mesmo se houver o rompimento, PSDB e DEM não vão deixar de votar a favor das reformas fiscais após se apresentarem como defensores ferrenhos do ajuste das contas públicas.
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Porém, aponta a consultoria, a relação entre PSDB, DEM e o PMDB do Senado está mesmo abalada. “São ecos de 2018 já se manifestando. Os diferentes projetos de poder para 2018 ainda parecem manejáveis dentro da coalizão governista. Porém, serão um crescente desafio à unidade do governo Temer”, afirma a LCA.
Vale destacar que, segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o reajuste no STF não será capaz de fazer com que o PSDB rompa com o governo. O grande teste de governabilidade será a votação da PEC que estabelece um teto de gastos. Caso a medida não passe no Congresso ou se sair dele totalmente desfigurada, o PSDB deve pular do barco.
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