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SÃO PAULO – A primeira sessão da semana que antecede a conclusão das eleições presidenciais foi de tranqüilidade para os mercados brasileiros. A Bolsa fechou em alta, enquanto o dólar teve ligeiro recuo frente ao real.
E na ausência de maiores surpresas provenientes do cenário externo, deve ser este o tom também dos demais pregões até 29 de outubro. Isso porque a interpretação dos investidores é de que as eleições brasileiras se tornaram um “não-evento”, com capacidade bastante limitada de impactar o comportamento dos mercados.
Risco é pós-eleitoral
No entanto, o panorama para o período posterior ao resultado do pleito parece mais preocupante. Em relatório publicado nesta segunda-feira, a corretora Ativa salienta que o panorama de governabilidade para o período de 2007 a 2010 é ruim, independendo do vencedor nas urnas no próximo domingo, sendo ainda mais negativo para Lula.
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No mesmo sentido, os analistas do Santander Banespa afirmam que a nova composição do Congresso indica dificuldade para o provável segundo mandato de Lula em garantir apoio de 3/5 da Câmara, além da possibilidade de perda da presidência do Senado para o PFL.
Sem uma agenda de reformas
À luz da perspectiva de pouca cooperação entre o Planalto e a Oposição, seria pouco provável a implementação de uma agenda de reformas significativa, algo fundamental para que o País possa aferir taxas de crescimento econômico mais significativas nos próximos anos.
Neste contexto, o Santander lembra da incerteza que seria gerada no mercado financeiro em caso de adversidades na aprovação de leis imprescindíveis do ponto de vista fiscal, como a renovação da CPMF.
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Em linha com esta observação, ainda que a crise fiscal não seja eminente, caso não haja uma mudança na política dos gastos públicos, será difícil termos um ambiente benéfico, destaca a Ativa.
Acirramento das tensões
E é nesta esfera que o atual acirramento das tensões torna o cenário prospectivo mais nebuloso. As investigações em torno do caso do Dossiê e a questão envolvendo o dinheiro apreendido pela Polícia Federal se aprofundam e, de acordo com o desenrolar dos fatos, a oposição poderia até pedir a impugnação da eleição, considera o Santander.
Para o banco, a simples menção de um cenário deste tipo preocupa, pois ilustra como o clima de embate político da campanha eleitoral poderá persistir após o pleito.
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Assim, recomenda-se cautela diante da recente onda de otimismo, posto que o panorama de médio prazo ainda continua um pouco nebuloso, conclui a Ativa.
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