Alemanha quer conclusão rápida de negociações comerciais entre UE e Mercosul, diz porta-voz

Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, receberá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para consultas governamentais

Equipe InfoMoney

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A Alemanha espera uma rápida conclusão das negociações comerciais entre os negociadores da União Europeia e do Mercosul, disse um porta-voz do Ministério da Economia em Berlim nesta sexta-feira (01).

“É sabido que apoiamos e lutamos por esse acordo e também queremos que ele seja concluído muito rapidamente”, disse o porta-voz aos repórteres em uma coletiva de imprensa regular.

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, receberá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para consultas governamentais na segunda-feira (4), em Berlim. O Brasil ocupa atualmente a presidência do Mercosul.

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O acordo de livre comércio está suspenso desde 2019, em grande parte devido às preocupações europeias sobre o desmatamento da Amazônia e a resposta lenta do Mercosul a um adendo propondo salvaguardas ambientais.

Em setembro, Lula afirmou que não abriria mão da questão das compras governamentais no âmbito das negociações do acordo entre o bloco europeu e o Mercosul. A UE defendia a possibilidade de que empresas de membros dos dois blocos possam participar em pé de igualdade em licitações governamentais em todos os países pertencentes ao acordo, mas o presidente brasileiro destacou que não deseja permitir a medida, pois as licitações podem beneficiar o crescimento de pequenas e médias empresas nacionais e a concorrência europeia traria dificuldades a elas.

Na quinta-feira (30), o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Maurício Carvalho Lyrio, disse que o anúncio da finalização do acordo entre Mercosul e União Europeia até a reunião do Mercosul, no começo de dezembro, é incerto. Apesar disso, ele afirmou que as conversas avançaram.

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“Foram feitos muitos avanços e continuamos a negociar. Não sabemos ainda se as negociações serão concluídas até a cúpula, mas o que posso dizer é que no mínimo teremos grandes avanços neste processo de negociação”, declarou o diplomata. “Não são muitas diferenças remanescentes na negociação, eu diria que elas são diferenças que são conciliáveis, conseguimos avançar muito”, disse Lyrio na ocasião.

O diplomata deu as declarações no briefing sobre a reunião do Mercosul – uma conversa com jornalistas que o Itamaraty realiza antes de eventos internacionais para tirar dúvidas de repórteres.

(Com Agências)