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São Paulo – Nos últimos dias, a denúncia feita pelo candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Paulo Skaf, de que o governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), teria burlado a proibição de propaganda eleitoral paga na internet fervilhou nos bastidores do cenário político paulistano. O Facebook tem até hoje para informar a identidade do contratante e os valores pagos por links patrocinados que estão na página do tucano na rede social, segundo determinação do Terminal Regional Eleitoral (TRE-SP).
Segundo Gisele Arantes, especialista em direito digital e sócia do Assis e Mendes, a denúncia dificilmente repercutirá negativamente para a campanha do candidato tucano e é bem provável que não seja comprovada nenhuma irregularidade, já que é normal o número de seguidores dos políticos aumentar durante a época eleitoral.
“O que Skaf suspeita é que Alckmin impulsionou ilegalmente esse número. É preciso considerar que estamos em um período eleitoral e os eleitores começam a buscar mais sobre os candidatos. Por isso, é natural que o número de seguidores cresça espontaneamente”, explicou a especialista.
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Além disso, ela destacou que o tucano foi eleito por mais de 12 milhões de pessoas em 2010, o que reforça que o ganho de 200 mil em seis meses não é exagerado.
Para a especialista, a denúncia de Skaf pode ter sido uma estratégia de marketing do peemedebista para ficar em evidência e manter os holofotes sob sua candidatura ao governo de São Paulo. Arantes destacou também que o serviço de propaganda paga no Facebook existe desde 2012 e, por isso, esta deve ser a primeira oportunidade que o assunto deve ser explorado durante o processo eleitoral.
Caso a denúncia acarrete em uma condenação, Alckmin pode ficar sujeito à uma multa entre R$ 5 mil e R$ 30 mil. O acesso ao seu perfil na rede social poderia ficar temporariamente suspenso.
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Além de o Facebook identificar quem contratou os links patrocinados, a Justiça pode determinar que as 200 mil curtidas sejam desconsideradas. “É muito cedo para condenar o Alckmin sobre essa contratação. Há vários recursos gratuitos para impulsionar as páginas e atrair curtidores legalmente”, concluiu.
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