Alckmin e Meirelles querem subir o tom contra Bolsonaro; TSE barra Lula no rádio e mais destaques da política

Confira os destaques do fim de semana e desta segunda-feira no noticiário político nacional 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após uma sexta-feira bastante movimentada depois do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter a sua candidatura barrada, o noticiário do fim de semana e do início desta segunda-feira (3) na política é bastante movimentada. 

Depois do PT desafiar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e manter Lula candidato nas propagandas eleitorais, o Tribunal Eleitoral determinou a suspensão de veiculação de propaganda eleitoral que apresente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato ao Palácio do Planalto. A decisão veio em resposta a ação impetrada pelo partido Novo contra propaganda eleitoral veiculada no rádio no sábado (1), em que Lula ainda era apresentado como candidato. Caso haja descumprimento por parte do PT, será aplicada uma multa de R$ 500 mil para cada peça irregular veiculada. 

Vale destacar que o PT perdeu no TSE, mas ainda avalia recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) e deixar com o ex-presidente a palavra final sobre a sua substituição pelo candidato a vice, Fernando Haddad, informa o jornal Folha de S. Paulo. O recurso ao STF seria uma medida para discutir a validade dos tratados internacionais no Brasil. 

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Leia mais: TSE suspende propaganda com Lula candidato no rádio

Há duas semanas, o Comitê de Direitos Humanos da ONU se posicionou a favor de que o petista possa ser candidato até o fim dos recursos contra sua condenação na Lava Jato.

Enquanto isso, além da atenção para a campanha de Lula, ganha destaque nos jornais a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo destaca o Painel, da Folha de S. Paulo, o tucano vai manter Bolsonaro sob forte artilharia, mas também planeja iniciar ataques mais incisivos contra o PT em breve, segundo o jornal Folha de S. Paulo. A tentativa é de recuperar a simpatia de eleitores antipetistas que trocaram os tucanos pelo capitão reformado do Exército. Além disso, a campanha tem se concentrado em mulheres e pode fazer o argumento do voto útil mais perto do dia da eleição.

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Se a estratégia para fazer o deputado desidratar der certo, Alckmin e também Henrique Meirelles (MDB) se preparam para subir o tom de suas propostas para segurança pública e combate à violência, o principal tema de Bolsonaro.

Bolsonaro, por sua vez, tem se concentrado em manter seus eleitores através da campanha de rua e nas mídias sociais e pelo meio jurídico. O TSE negou pedido do candidato para excluir reportagens da assessora que vendia açaí na praia. O candidato do PSL ainda entrou no TSE com pedido para retirar do ar a propaganda “bala” de Geraldo Alckmin, destaca o jornal O Globo. 

Com o mote “Não é na bala que se resolve”, a peça é inspirada em uma propaganda inglesa contra violência armada e mostra a imagem de uma bala que quase atinge a cabeça de uma criança. 

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Com a proximidade das eleições, o mercado também fica cada vez mais atento às pesquisas. Nesta segunda-feira foi divulgada a pesquisa FSB/BTG Pactual, com a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) estacionada em 6%, quando se coloca Lula como candidato e apontando uma pequena queda de 9% para 8% no cenário alternativo. As “novidades” seriam o crescimento da intenção de voto em Ciro Gomes, situando-se em patamar superior à Marina Silva, um contexto diferenciado em relação às pesquisas Ibope e Datafolha quando Marina se encontra acima de Ciro.

Em um cenário sem Lula, o provável substituto Fernando Haddad aparece com 6% das intenções de voto. Falando em Ibope e Datafolha, a expectativa é por esses levantamentos, que devem ser divulgados na terça e quinta-feira, respectivamente. Vale destacar que faltam 34 dias para a eleição.

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Bolsonaro lidera com 26% e Haddad tem 6% em cenário sem Lula; rejeição a Alckmin sobe

Enquanto as eleições não chegam, destaque para os últimos quatro meses do governo de Michel Temer. O presidente adiou aumento para servidores para 2020, enquanto a ANTT informou que atualizará tabela de fretes após especulações sobre uma possível paralisação de caminhoneiros.

Neste fim de semana, uma nota distribuída por uma entidade de caminhoneiros convocando, por rede social e aplicativos de celular, uma nova greve para o dia 9 causou apreensão. A convocação, feita pela União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC), não foi reconhecida por outras entidades representativas dos caminhoneiros, como a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) – a principal liderança da greve de maio – e sindicatos de diversas regiões do País. No entanto, o temor de um novo período de desabastecimento provocou filas em postos de gasolina em algumas regiões. Foram registradas longas filas de carros em Belo Horizonte (MG) e Recife (PE) neste domingo. 

Falando em governo Temer, o presidente disse neste domingo que vai colaborar com o próximo governo eleito durante o período de transição e que será “inevitável” ao próximo presidente, seja ele quem for, promover uma reforma da Previdência. O presidente falou sobre os assuntos em entrevista ao programa Agora é Domingo, apresentado por José Luiz Datena na Rede Bandeirantes. 

Segundo o presidente, o apoio na transição será dado independentemente do candidato que vencer as eleições de outubro. “Não tenha dúvida, vou colocar todo o aparelho governamental para fazer transição, seja eleito quem for. Porque esta é a obrigação que a Constituição nos determina”, afirmou. Temer também considerou “inevitável” que o próximo presidente tenha que fazer uma reforma da Previdência. “Não há governo que chegue ao poder agora que não tenha que fazer a reforma”, disse, complementando que, devido às eleições, o assunto saiu da pauta legislativa, mas não saiu da pauta política.

(Com Agência Brasil e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.