Alckmin conquista 13 vezes menos fãs que Bolsonaro após entrevista no Jornal Nacional

Segundo levantamento feito pela consultoria Bites, tucano ampliou sua base em 1.965 usuários nas redes sociais e gerou pouco interesse em regiões como Norte e Centro-Oeste

Marcos Mortari

Publicidade

SÃO PAULO – Terceiro presidenciável entrevistado pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na noite de ontem, Geraldo Alckmin (PSDB) ampliou em 1.965 sua rede de fãs e seguidores no Twitter, Facebook, Youtube e Instagram entre o dia anterior e as 10h desta quinta-feira (30). É o que mostra pesquisa feita pela consultoria Bites, especializada em monitoramento de atividades nas redes.

Segundo o estudo, ao qual o InfoMoney teve acesso, a evolução é 13,2 vezes menor do que a apresentada por Jair Bolsonaro (PSL), presidenciável entrevistado pelo telejornal um dia antes. O deputado ganhou 260 mil novos fãs. Já Ciro Gomes (PDT), primeiro a participar da sabatina, conquistou 19.654 novos usuários nas últimas 24h.

Leia também:

Após JN, Bolsonaro conquista 175 mil novos fãs nas redes sociais em 24h
– Bolsonaro reforça bases, fabrica memes, mas se distancia de 2 grupos
– TSE pode julgar situação de Lula amanhã: veja o que esperar no processo em 7 perguntas

“Nos 27 minutos da sua entrevista ao Jornal Nacional, o ex-governador Geraldo Alckmin não emitiu sinais concretos sobre mudança de estilo a partir do início do horário eleitoral gratuito no próximo sábado. Na prática, Alckmin continuou sendo Alckmin”, observaram os analistas da Bites.

Até mesmo quando o assunto foi sua gestão à frente de São Paulo, a imagem que o tucano passou a parte dos eleitores que se manifestaram nas redes foi de um candidato à reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, e não de um aspirante à presidência da República.

Segundo o estudo da Bites, a sabatina teve outros momentos sensíveis para o tucano, como as referências à aliança com partidos do “Centrão” e o próprio PTC, do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que tenta se eleger governador em Alagoas.

Também dividiu a liderança nas buscas associadas ao tucano o nome do ex-governador Eduardo Azeredo, condenado pelo chamado mensalão tucano. Na entrevista, Alckmin foi questionado por que o mineiro, assim como o senador Aécio Neves, não foram expulsos do PSDB.

“Os dados referentes a busca mostram que houve pouco interesse em torno do nome do candidato no Centro-Oeste e no Norte. No Nordeste, apenas Piauí, Ceará e Paraíba expressavam pontos de calor nas buscas por Geraldo Alckmin”, observam os especialistas da Bites.

Ainda de acordo com o levantamento da consultoria, Alckmin chegou a ocupar os Trending Topics do Twitter entre 20h e 22h da véspera e no início da manhã desta quinta. Até as 9h de hoje, foram 24.928 menções à hashtag que promoveu a entrevista, #GeraldonoJN.

Para fins de comparação, entre 28 e 29 de agosto, foram publicadas 233.553 menções à hashtag #JairBolsonaronoJN, usada por apoiadores do candidato antes e depois da entrevista.

Entre ontem e a manhã de hoje, houve 47.004 menções a Alckmin no Twitter. Entre as 10 mensagens com mais retweets, 9 eram negativas para o tucano.

Nem mesmo o primeiro vídeo da campanha de Alckmin, que promovia um ataque indireto a Bolsonaro, ganhou grande repercussão nas redes. Na página do portal UOL, o material, até o fechamento desta reportagem, teve apenas 48.362 visualizações.

Quer investir em ações pagando só R$ 0,80 de corretagem? Clique aqui e abra sua conta na Clear

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.