Aécio Neves: “Levy na Fazenda é como um quadro da CIA para dirigir a KGB”

Senador mineiro afirmou ontem que "defende muito Joaquim Levy", mas não sabe em que condições ele vai trabalhar

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Ontem, o senador mineiro Aécio Neves voltou para Brasília para acompanhar a votação do projeto de lei que modifica a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) – e que ficou para ser votado hoje. 

Aécio revelou ainda o comentário sobre a indicação do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, sobre a indicação de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda: “É como se um quadro da CIA fosse indicado para comandar a KGB”, ironizou Aécio, em referência aos serviços secretos dos Estados Unidos e da ex-União Soviética.

O senador mineiro ainda disse que Levy é um grande amigo pessoal – há muitos anos – e elogiou a escolha de Dilma. 

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Vale ressaltar que Joaquim Levy colaborou informalmente para o principal adversário da presidente na disputa presidencial. Levy foi ainda aluno de Armínio e os dois mantêm uma relação próxima, em que o futuro ministro da Fazenda debatia com o antigo presidente do BC propostas sobre a área fiscal. Contudo, Levy não produziu textos para a campanha nem frequentava pessoalmente reuniões com grupo de economistas de Aécio. 

A indicação de Levy para a Fazenda tem sido defendida publicamente, mas tem causado insatisfação em alguns segmentos do PT e nos partidos de esquerda da base. “Eu defendo muito o Joaquim Levy. Mas não sei em que condições ele vai trabalhar”, disse Aécio ao comentar as declarações de Humberto Costa e de Gilberto Carvalho de que Dilma que irá mandar, segundo informações do jornal O Globo. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.