Aécio fala sobre reajustes e Petrobras e nega boato de que usaria cocaína

Em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, pré-candidato à presidência pelo PSDB negou que use drogas, defendeu fim da reeleição e afirmou que reajuste de preços administrados não deve ser feito "numa paulada só"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista na última segunda-feira (2) ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o pré-candidato à presidência e atual senador mineiro Aécio Neves falou sobre o seu programa de governo, sobre os escândalos envolvendo a Petrobras (PETR3;PETR4), projeto de fim da reeleição e até temas mais polêmicos, como a legalização das drogas.

Aécio afirmou que pretende propor fim à reeleição, assim como o também pré-candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos, com a ampliação do mandato para cinco anos. “ Quero encerrar esse ciclo de governo que está aí e tão mal vem fazendo ao Brasil”. Ele também afirmou que pretende reduzir pela metade o número de ministérios, mas não falou quais seriam cortados.

Questionado sobre quais são as diferenças entre ele e Campos, Aécio destacou: “nunca participei de um governo do PT”. 

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Sobre os possíveis quadros para o seu governo, ao ser questionado sobre quem seria o seu vice e se Armínio Fraga, presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, seria o ministro da Fazenda, Aécio desconversou, afirmando que ainda não tem definido os titulares da pasta. 

As denúncias recentes envolvendo a Petrobras também foram alvo de Aécio, que afirmou que devolverá a estatal aos brasileiros se for eleito: “a Petrobras deixou de frequentar as páginas econômicas para frequentar as páginas policiais”, afirmou.

“Nas últimas campanhas, o PT sempre veio nos acusando de querer privatizar a Petrobras. Nós nunca quisemos isso. O que eu vou fazer é reestatizar a Petrobras, tirá-la das garras de um partido político, de grupos de interesse que só querem fazer negócios. A Petrobras perdeu metade do seu valor nesses últimos anos e deixou de ser, sequer, a principal petroleira na nossa região. O que vamos fazer na Petrobras é o que vamos fazer no governo: resgatar a meritocracia””. E voltou a atacar o PT: “quero encerrar este ciclo de governo que está mal ao País. Estamos disputando com grupos que não querem deixar o poder”. 

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Aécio afirmou ainda que é preciso estudar com cautela a questão dos preços públicos administrados, afirmando que “ninguém fará isso numa paulada”, ou seja, fazer o reajuste de preços de uma vez só. “O que nós vamos estabelecer são regras claras. É isso que falta ao Brasil, nessa e em outras áreas. Eu não vou antecipar agora sem conhecer o impacto desse congelamento nas contas públicas. Vamos avançar um pouco mais”.

Questões polêmicas
O senador mineiro também teve que encarar uma pergunta bastante incômoda, sobre os boatos de que seria usuário de cocaína. Aécio se defendeu, negando que tenha usado a droga: “Não dá para dar vazão ao submundo das redes e da internet. Ninguém pode disputar com esses adversários”.

Ele disse ainda ser contra a descriminalização da maconha: “Fernando Henrique está à vontade para fazer esse debate, mas não é a minha posição. Não é uma agenda que atenda à expectativa do brasileiro. Não sou a favor da descriminalização”. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.