Aécio culpa Dilma por corte de rating e diz que decisão já era esperada

Aécio ainda criticou o uso do que ele chamou de "manobras contábeis" pelo governo para amparar as finanças

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Em entrevista ao Wall Street Journal em Brasília, um dos principais nomes na corrida eleitoral deste ano, Aécio Neves, culpou a presidente Dilma Rousseff pelo rebaixamento do rating do Brasil, ocorrido na noite de segunda-feira (24) pela Standard & Poor’s. Segundo o tucano, o atual governo foi incapaz de manter políticas macroeconômicas confiáveis.

“A decisão foi, de certa forma, esperada, tendo em vista tudo que aconteceu até agora”, afirmou Aécio. Para ele, entre os fatores que levaram ao corte da nota de crédito do País estão um crescimento econômico muito fraco, o retorno da inflação, a perda da credibilidade dos investidores no Brasil e a falta de qualquer habilidade para avançar em reformas muito necessárias.

Aécio ainda criticou o uso do que ele chamou de “manobras contábeis” pelo governo para amparar as finanças. Se eleito, o político prometeu manter pulso firme sobre os gastos, afirmando que se concentraria em reduzir a inflação para mais perto do centro da meta, de 4,5%. Além de Aécio, Eduardo Campos provavelmente irá concorrer com a atual presidente Dilma nas eleições presidenciais este ano. Atualmente, ambos estão atrás da Dilma nas intenções de votos.

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O atual governo conseguiu manter a taxa de desemprego no Brasil em níveis historicamente baixos – próxima de 5,0% -, e conseguiu elevar os salários. Por outro lado, os preços aumentaram e a inflação anual está perto de 6,0%, enquanto o crescimento econômico tem sido fraco.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.