Aécio ataca Dilma, fala sobre polêmica da Petrobras e “saída” de Mantega

Candidato à Presidência pelo PSDB participa hoje de sabatina no jornal O Globo, no Rio de Janeiro

Paula Barra

Roger Agnelli, CEO of Vale do Rio Doce, left, Aecio Neves, governor of Minas Gerais, center, and Claudio Campos, director of Energy of Noveli Brazil, pose for photographers in front of the "Risoleta Neves" hydroelectric power plant in Rio Doce, Brazil Tuesday, August 30, 2005. Photographer: Marcos Issa/Bloomberg News.

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SÃO PAULO – O candidato Aécio Neves (PSDB) participa na manhã desta quarta-feira (10) de sabatina no jornal O Globo. O evento é realizado no Museu de Arte no Rio de Janeiro. Acompanhe ao vivo:

12h29: Encerrou a sabatina

11h50 (Pergunta da redação):  Como o senhor vai conseguir mudanças significativas no sistema previdenciário e tantos projetos com austeridade?

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11h50 (Aécio): Todas as propostas são factíveis. Não estou estabelecendo meta para este ano. Nós estamos com recurso do pré-sal, educação. Saúde, 10% do PIB foi aprovado pelo Congresso. O Bolsa Família custa R$ 25 milhões. Eu quero fazer o Bolsa Família brasileiro onde você faz classificação das famílias em cinco categorias. Estamos falando em ação pró-ativa, custa só trabalho.  

11h33 (Miriam Leitão pergunta): País está estagnado e inflação perto do teto da meta. Como o senhor vai sair dessa situação? 

11h33 (Aécio): Concordo que teremos um cenário complexo. 2015 está precificado, será muito difícil para o Brasil. Quando fiz aquele gesto sinalizando na direção de Armínio Fraga para Fazenda eu quis apontar para uma política econômica de longo prazo, com previsibilidade. A nossa eleição vai sinalizar já na largada para uma diminuição nos juros em longo prazo e o resgate dos investimentos. 

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Dilma, ao antecipar essa decisão de demitir o ministro (Guido Mantega), ela antecipa a fragilidade da equipe econômica. Esse governo acabou antes da hora. Encerrou. Fechou as portas. 

11h25 (Illimar Franco pergunta): Quais áreas o senhor acha que precisa destravar para que a economia se desenvolva?

11h25 (Aécio): O PSDB conduziu no passado um processo de privatização sob duras críticas do PT de empresas que precisam sair das mãos do Estado, como da telefonia, siderurgia, além da Embraer. Imagina a Embraer dirigida hoje por um aliado do PT.. você andaria nesse avião? Acho que o que fizemos foi muito importante para o Brasil. O PT, que demonizou essas concessões, agora se curva a elas. Mas as agências, que foram uma das melhores heranças do governo FHC, foram sucateadas  por amigos do rei e da rainha e isso precisa ser resgatado. Vou profissionalizar as agências reguladoras. O que vou fazer é “reestatizar” as empresas publicas, citando como exemplo Petrobras (PETR3; PETR4) e Eletrobras (ELET3; ELET6). O que vamos fazer é estimular as parcerias com o setor privado. Nossa economia precisa declarar guerra ao custo brasil e isso passa por um choque de infraestrutura e só vira com parcerias com o setor privado e estes só se aproximarão com regras claras nos contratos.

11h15 (Arnaldo Bloch pergunta): Como a questão toda da Petrobras veio à tona, o senhor disse que desejava que viesse, e com o efeito delação que recentemente tomou conta das discussões. É natural que todo os discurso de acusação do governo petista, do que o senhor chama de mensalão 2, é natural que tome espaço no seu discurso da candidatura. Queria saber realmente, por mais ousada que seja sua proposta de reforma política, o senhor acredita que virá uma reforma política profunda ou será necessário que a voz das ruas tenha que voltar a se fazer ouvir para pressionar a reforma política?

11h15 (Aécio): Todos os governos tiveram e terão problemas, mas vamos fazer justiça ao PT. Neste compromisso com a ética, eles são imbatíveis. A Polícia Federal está falando: existe uma organização criminosa no seio da Petrobras. Não são denúncias eleitoreiras. O principal diretor, nomeado por eles, é que está dizendo que houve contaminação de 3% das obras. Todos têm que ser responsabilizados aqueles que fizeram isso. 

Não sou contra a participação popular, defendo a liberdade de imprensa. A presidente da República sem ter o que dizer propôs um plebiscito para a reforma política. Será que esse é um tema para ser discutido num plebiscito? Não acho. Acho que um referendo pode ser um caminho. Acho possível construir um consenso no Congresso sobre esses temas. Assumo aqui esta responsabilidade. A coisa se deteriorou tanto que existe espaço para acontecer, sim. 

11h09 (Merval Pereira pergunta): Como se faz para ao mesmo tempo criticar a adversária e poder apoiá-la, no segundo turno, ou ter o apoio dela?

11h09 (Aécio): Sou oposição a esse modelo do atual governo desde sempre. Nosso projeto é antagônico. O governo demonizou, por 10 anos, as parcerias com o setor privado. O Brasil tem hoje gargalos na sua infraestrutura. Esse é o governo que vive de marcas. O governo acha que administrar a pobreza está bom. Se tivermos oportunidades de discutir o aprimoramento dos programas sociais… precisamos de melhores no Bolsa Família. 

Em relação à Marina, não farei criticas pessoais mas cobro clareza de suas posições e ela precisa estar preparada para isso. Vi que ela ficou muito irritada porque disseram que os petistas estavam espalhando que ela iria acabar com o Bolsa Família, mas eles fazem isso desde sempre. Ninguém vai acabar com o Bolsa Família. A questão agora é em qual Marina vamos votar, a que hoje abre os braços para o agronegócio, ou que votou contra os transgênicos, quando era do governo PT? Eu começo e termino a minha campanha com as mesmas crenças.

11h06 (Arthur Xexéo pergunta): Como se tira voto da Marina e Dilma agora?

11h06 (Aécio): Eu vou lutar para conseguir isso. É o que estou fazendo aqui, falando a verdade e apontando as contradições dos candidatos. No caso da Dilma, eu tenho falando que o PT vem provocando um mal enorme para o Brasil. Vou acreditar até o último dia que é possível. Estamos sob efeito de uma embaralhada nas cartas.

11h04 (Arthur Xexéo pergunta): Está na hora de mudar de tática? O senhor está em terceiro em Minas Gerais e lá era para ser sua vitrine. O senhor se orgulha dos resultados obtidos lá, mas o senhor não tem conseguido convencer os eleitores mineiros. O senhor está decepcionado com Minas?

11h04 (Aécio): Ao contrário. E não sou eu que fala bem de Minas. É também o governo federal. Há quatro anos as pessoas me davam os pêsames pelo meu vice. Mas o meu candidato, Anastasia, venceu no primeiro turno (em Minas).Temos que aguardar. Estou confiante e acredito no resultado da nossa obra de governo. Minas é um governo aprovado, honrado e tem resultados palpáveis. 

11h00 (Ancelmo Gois pergunta): Uma coisa ficou clara, com exceção da Marina, é o enjoo da chamada velha política. Dilma trabalha com uma frente muito grande, heterogênea, loteamento de cargo.. É possível governar sem, como ocorreu com Lula, ir à casa de Paulo Maluf?

11h00 (Aécio): Se assim fosse, não poderia ser candidato porque não sei nem onde Paulo Maluf mora. É totalmente possível governar com outra relação com o Congresso, com projetos que sejam prioridade para o governo. É fundamental que você fortaleça os partidos. O ideal é governar com quatro a cinco partidos. É muito cômodo o discurso de governar com os bons, você vai querer governar com os ruins? Se você nega os partidos, você vai governar com pessoas dentro dos partidos? Eu não sei onde isso vai dar. É uma desconexão do discurso da Marina com a prática. Você precisa ter aliança com alguns partidos.  

10h49 (Miriam Leitão pergunta): Foi um erro seu partido se reeleger?

10h49 (Aécio): Não. Foi uma experiência. Eu acho que a reeleição faz mal. Eu fui reeleito e isso é uma covardia e o que a atual presidente está fazendo é desmoralizar a reeleição. O governo não é para aprenderem a governar no governo. Eu não vou ser presidente da república a qualquer custo. Temo pelos próximos quatro anos e cada vez mais tenho a certeza que temos a capacidade para conduzir negociações no Congresso. 

10h31 (Aécio): O Brasil não é para iniciantes. Não há uma proposta de Marina que coloca um freio no que está acontecendo na segurança pública hoje. É quase um genocídio o que ocorre nas grandes cidades. O governo coloca a culpa nos estados, mas isso é uma questão sim a ser levada para União. 

10h28 (Ricardo Noblat pergunta): Retomando pergunta do Merval sobre o que mudou nesta eleição até agora e fez Aécio ficar em situação desconfortável de perder o segundo lugar nas pesquisas. O que aconteceu?

10h28 (Aécio): Um setor do eleitorado que esta cansado de tudo viu na entrada da Marina na disputa uma possibilidade de mudança. Mas estou convencido de quem temos chances reais sim de ganharmos a eleição.

10h27 (Miriam Leitão faz pergunta): A candidata Dilma já acusou em algumas vezes o governo do PSDB de ter quebrado o Brasil três vezes. Você nunca deu devidamente e quando responde você só diz que não era você. Das duas uma ou o seu partido quebrou país ou não quebrou ?

10h27 (Aécio): Eu seu o que aconteceu no Brasil e a presidente também sabe. Ao contrario, ela sabe que a negociação foi feita com o presidente eleito. Sempre falo que não haveria governo do PT sem a estabilidade do governo do Fernando Henrique. Ela compara a taxa de seu governo 12%, mas é preciso lembrar que ele (Fernando Henrique) assumiu com uma economia instável.

10h23 (Merval Pereira pergunta): Aécio tem situação desfavorável em São Paulo e Minas Gerais. O que deu errado na sua estratégia?

10h23 (Aécio): Estamos tendo uma segunda eleição. Tivemos uma eleição até o acidente que vitimou o candidato Eduardo Campos e temos agora uma nova eleição. Meu papel aqui é apresentar ao Brasil o melhor projeto, com gente qualificada para implementá-lo. O brasil vive o fim de um ciclo. O Brasil fracassou, com quadro de inflação batendo no teto da meta, quadro recessivo na economia, enquanto do ponto de vista dos indicadores sociais – linhas de frente do atual governo – também decaíram. A saúde piorou nos últimos quatro anos, a segurança pública, e nossos centros educacionais. Estamos hoje na lanterna na área de educação até mesmo de países com nível de desenvolvimento menor.

10h25 (Aécio): Vejo a possibilidade concreta do início de um novo ciclo. A mudança será real e meu papel é mostrar um novo caminho com segurança. O nosso governo vai prezar pela meritocracia, em uma visão de que o estado tem que produzir resultados, assim com fiz em Minas Gerais. Acredito profundamente que no momento da decisão vai prevalecer a onda da razão.

 10h17: Começou a Sabatina

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