Aécio, Alckmin e Serra fecham apoio a Temer e governo vê “conspiração”, diz Estadão

Divididos desde o início da crise que ameaça o mandato da presidente Dilma Rousseff, eles decidiram apoiar e até encorajar Temer a trabalhar pelo impeachment, diz o jornal

Lara Rizério

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SÃO PAULO – De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, Michel Temer (PMDB-SP), vice-presidente da República, conseguiu unir os senadores tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em torno de uma estratégia comum que tem como objetivo a disputa pela Presidência.

Divididos desde o início da crise que ameaça o mandato da presidente Dilma Rousseff, eles decidiram apoiar e até encorajar, em alguns casos, Temer a trabalhar pelo impeachment.

Serra, antes, era apenas um entusiasta de Temer no Planalto, enquanto Aécio jogava para tirar a chapa Dilma-Temer e disputar uma nova eleição. Alckmin queria manter Dilma no cargo até 2018, quando também termina o mandato dele no Palácio dos Bandeirantes.

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O vice tem conversado com os tucanos, o que é visto no Planalto como “conspiração”. Com o mote da “pacificação nacional”, porém, Temer circula na oposição, mas também é interlocutor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fato que intriga até mesmo petistas, informa o jornal.

Dilma não esconde a preocupação com o afastamento cada vez maior de Temer e pediu aos articuladores políticos do governo que monitorem o PMDB com lupa, informa o jornal. Nos bastidores, ministros avaliam que Temer flerta com o PSDB para assegurar sua ascensão ao poder e vai lavar as mãos em relação ao processo de impeachment.

Vale destacar que, na sexta-feira, a possibilidade de uma debandada do PMDB ficou mais clara  quando o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), aliado de Temer, pediu demissão. O governo  redobrou o cuidado na checagem do índice de fidelidade do PMDB.

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 Temer e Alckmin conversaram reservadamente ontem e indica que a aproximação do vice com a oposição está aumentando. Parte dos tucanos aceitaria apoiar um eventual governo de transição comandado por Temer desde que ele garanta não disputar a eleição de 2018. Mesmo assim, afirma o Estadão, não ocupariam cargos porque isso seria um “salto no escuro”.

Ontem, Dilma afirmou  que espera “integral confiança” do vice-presidente Michel Temer. “E tenho certeza que ele a dará”, completou. “Ao longo desse tempo eu desenvolvi a minha relação com ele e conheço o Temer como pessoa, como político e como grande constitucionalista”, afirmou.


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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.