Advogados pedem a STF que libere contato por telefone com Bolsonaro preso em casa

Os advogados afirmam que as restrições de acesso a Bolsonaro causam "limitação" e "prejuízos ao amplo direitos de defesa"

Estadão Conteúdo

DF - BOLSONARO/STF/PRISÃO DOMICILIAR/ARQUIVO - POLÍTICA - FOTO DE ARQUIVO DE 24/07/2025. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de um culto na Igreja Catedral da   Benção, em Taguatinga (DF).  O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta   segunda-feira, 4 de agosto de 2025, a prisão domiciliar de Bolsonaro. Além disso, determinou o confisco do celular   do ex-presidente. Moraes concluiu que o ex-presidente descumpriu as medidas cautelares impostas inicialmente.   24/07/2025 - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
DF - BOLSONARO/STF/PRISÃO DOMICILIAR/ARQUIVO - POLÍTICA - FOTO DE ARQUIVO DE 24/07/2025. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de um culto na Igreja Catedral da Benção, em Taguatinga (DF). O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira, 4 de agosto de 2025, a prisão domiciliar de Bolsonaro. Além disso, determinou o confisco do celular do ex-presidente. Moraes concluiu que o ex-presidente descumpriu as medidas cautelares impostas inicialmente. 24/07/2025 - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

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Os advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser pediram que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorize o contato telefônico deles com o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

Os criminalistas moram e têm escritórios em São Paulo. Como o ex-presidente está em prisão domiciliar em Brasília, sem acesso a redes sociais ou ao celular, a única forma de falar com ele é pessoalmente, o que demanda viagens ao Distrito Federal e, segundo a defesa, “torna moroso e oneroso o contato pessoal”.

Os advogados afirmam que as restrições de acesso a Bolsonaro causam “limitação” e “prejuízos ao amplo direitos de defesa”.

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Os criminalistas argumentam também que o contato é importante pela “necessidade de consultas frequentes a respeito do andamento processual e estratégias de defesa”.

A defesa também pediu a revogação da prisão domiciliar.

O ex-presidente está preso em casa em decorrência da investigação sobre a tentativa de obstrução do julgamento da trama golpista, que levou à sua condenação.

Bolsonaro não constou na primeira denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no caso. Por isso, os advogados defendem que ele seja colocado em liberdade.

A denúncia, por si só, não encerra o inquérito. A PGR pode continuar investigado o ex-presidente.

O inquérito foi desencadeado depois que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) passou a articular sanções contra ministros do STF nos Estados Unidos.

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O ex-presidente também é investigado porque financiou o filho e porque seria o beneficiário das pressões sobre o Supremo Tribunal Federal.

A prisão domiciliar foi decretada porque Bolsonaro descumpriu restrições impostas pelo Supremo.