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SÃO PAULO – Em seminário promovido por uma universidade em Brasília na última sexta-feira (23), o advogado do presidente Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz, disse que há um cerco àqueles que pronunciam críticas à operação Lava Jato e qualificou a situação de “fascismo”.
“Doutor Mariz de Oliveira falou mal da Lava Jato. Punição para o Doutor Mariz de Oliveira. O jornalista fulano de tal escreveu contra a Lava Jato. É a favor da corrupção. Isso é fascismo. Isso é um regime em que a negativa de todas as liberdades individuais fica clara”, afirmou o advogado, conforme relata reportagem do portal Poder360.
O advogado do peemedebista defendeu ainda a proibição de acordos de delação premiada de presos e criticou o papel de protagonismo assumido pelo Ministério Público. “A lei da delação fala em voluntariedade e efetividade. Cadê a voluntariedade de quem está preso? Eu não vejo nenhuma diferença da tortura e a prisão para efeitos da delação”, argumentou.
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“Ministério Público não pode aplicar pena. Quem aplica pena é juiz. Não é possível que o advogado tenha um papel meramente homologatório e o juiz também”, criticou Mariz. “Estamos assistindo a alguns promotores mais jovens se arvorando em paladinos da justiça”.