Advogada de Marcelo Odebrecht acusa PF de tentar tumulto para justificar “prisão ilegal”

"Como ele (Marcelo Odebrecht) teria mandado destruir um documento que já estava apreendido desde novembro e que foi um dos objetos da prisão?", questionou a advogada ao jornal O Globo

Lara Rizério

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SÃO PAULO — A advogada de Marcelo Odebrecht, Dora Cavalcanti, acusou a Polícia Federal de “tentar tumultuar o processo da Lava Jato para justificar a prisão ilegal” de seu cliente, segundo o jornal O Globo.

Como ele (Marcelo Odebrecht) teria mandado destruir um documento que já estava apreendido desde novembro e que foi um dos objetos da prisão?”, questionou a advogada.

A Polícia Federal (PF) apreendeu, na última segunda-feira (22), um bilhete no qual o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, escreveu a frase “destruir e-mail sondas”. O bilhete foi endereçado aos advogados dele e interceptado pelos agentes da PF que fazem a vigilância da carceragem da Superintendência em Curitiba, onde o executivo está preso desde sexta-feira (19).

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Entre as frase escritas no bilhete, aparecem os dizeres “destruir e-mail sondas RR”. Para a PF, Marcelo se referia a Roberto Prisco Ramos, executivo da petroquímica Braskem, controlada pela Odebrecht.

Dora Cavalcanti afirmou que o sentido não era de destruição de provas, mas de rebater a prova. A advogada informou ter ingressado com uma petição ainda na noite de terça-feira para o juiz Moro justificando o conteúdo do bilhete, flagrado por agentes da carceragem onde Odebrecht está preso. Ela ainda afirmou que o caso consiste em “violação de correspondência entre o preso e seus advogados”.

“As anotações não continham o mais remoto comando para que provas fossem destruídas, e que – à toda evidência – a palavra destruir fora empregada no sentido de desconstruir, rebater, infirmar a interpretação equivocada que foi feita sobre o conteúdo do e-mail”, diz documento subscrito pelos advogados criminalistas Dora Cavalcanti, Augusto de Arruda Botelho e Rodrigo Sanchéz Rios.

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Para os defensores da empreiteira “as considerações do ilustre delegado que se seguiram fazem antever a lastimável determinação de criar uma celeuma onde não existe”, afirma.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.