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SÃO PAULO – O acesso ao crédito e a outros tipos de serviços financeiros por pessoas de baixa renda é fundamental para a viabilidade econômica de São Paulo, Rio de Janeiro, Bogotá, Buenos Aires, Caracas, Cidade do México e Santiago.
A conclusão é da pesquisa “Mercado de Crédito Popular nas Sete Principais Cidades da América Latina”, realizada pela MasterCard WorldWide. “Esse estudo nos deu uma visão mais clara de como o acesso ao crédito no segmento de baixa renda é fundamental para incentivar o crescimento da economia nos países em desenvolvimento, seja por meio do crédito pessoal ou do crédito corporativo”, explica o vice-presidente sênior de produtos da empresa para a América Latina e Caribe, Max Chion.
Já para um dos condutores da pesquisa, o acadêmico Jon Cloke, o crédito é fundamental na luta contra a pobreza. “Com os dados do levantamento entendemos que a melhoria do acesso de baixa renda aos serviços financeiros é indispensável para reduzir a pobreza nessas cidades”.
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Contraste
A pesquisa evidenciou o contraste entre as cidades analisadas. Para se ter idéia, na cidade do México apenas 50% da população tem acesso a serviços financeiros.
Já o Brasil apresenta um panorama mais positivo que, segundo Cloke, é resultado da estabilidade econômica que o País vive desde os anos 90, com a chegada do Real e o controle da inflação.
Por aqui, há crescimento contínuo da oferta de cartões de crédito, que passaram de 35 milhões em 2001 para 93 milhões em 2007, um aumento de 165%.
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Destaque
Entre os pontos avaliados em São Paulo, a pesquisa revela que o acesso ao mini-crédito apresenta crescimento, apesar de ainda ser baixo. Em 2007, apenas 6% dos pequenos e médios negócios usaram os micro-financiamentos. Além disso, 49% destas empresas não têm conta-corrente e 11% não fazem transações financeiras usando as vias formais.
O levantamento destaca ainda que o município passa por uma migração da população das áreas centrais para a periferia. Desde 1990, o número de pessoas que vivem na periferia aumentou de 19% para 30% em 2000.
São citados ainda o fato de que 3,4 mil pessoas estão empregadas atualmente por 2,6 milhões de micro e pequenas empresas e que as despesa domésticas e com alimentos continuam a representar 30% da média de gastos domésticos em São Paulo.
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Rio de Janeiro
Já no Rio de Janeiro, a pesquisa destaca que desde o surgimento do Real, em 1994, até 2002, houve rápido crescimento do poder de compra da população de baixa renda. A partir de 2007, no entanto, as despesas domésticas e com moradia representavam 32% da média dos gastos.
No estado, 45% das micro, pequenas e médias empresas não tem conta corrente e 21% não fazem qualquer transação financeira utilizando o sistema bancário formal.
Além disso, mereceu destaque no levantamento o número de pessoas que vivem em morros do Rio de Janeiro, que cresce a uma taxa anual de 7,5%, em contrapartida ao crescimento da população urbana da cidade, que apresenta uma taxa de crescimento de apenas 2,5% aos ano.
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“Vivemos um momento histórico interessante na América Latina. A maior estabilidade econômica nessa região aumentou o poder de compra das classes D e E, colocando-as em uma posição de destaque na economia desses países”, completou Cloke.
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