Ação da Telebrás sobe 5,8%, após rumores de injeção de R$ 20 bilhões na estatal

Empresa deve administrar toda a infraestrutura de fibra óptica do país e fornecer diretamente serviços de banda larga

Luis Madaleno

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SÃO PAULO – Repercutindo os rumores de um plano de injeção de até R$ 20 bilhões na Telebrás (TELB4), as ações PN da estatal terminaram o pregão desta quarta-feira (10) com alta de 5,81%, cotadas a R$ 2,55. Essa valorização, contudo, poderia ter sido maior, caso, os papéis tivessem fechado em sua máxima alcançada no dia, de R$ 2,77. Com isso, a alta teria sido de 14,94%.

Contudo, o que mais chamou a atenção nos papéis TELB4 foi o número de negócios realizados, que chegou a 19.089, superando até as ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que registraram 16.158 negócios. O total de capital movimentado pelos papéis PN da Telebrás foi de R$ 290,6 milhões, valor que colocaria como a quarta maior empresa em volume financeiro no índice paulista, ficando atrás apenas de PETR4 (R$ 707,1 milhões), VALE5 (R$ 557,1 milhões) e PETR3 (R$ 304,6 milhões).

Além dos ativos preferenciais, as ações ordinárias da estatal de telecomunicações fecharam a terça-feira com alta de 3,31%, cotadas a 2,50. Na máxima do dia, bateram R$ 2,74.

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Injeção de R$ 20 bilhões
Segundo anúncio feito pelo coordenador nacional de política digital, Cezar Alvarez, o governo estuda investir cerca de R$ 20 bilhões para ressuscitar a estatal e elevar a competição no setor de telecomunicações, oferecendo serviços de banda larga à metade do preço atual cobrado pelas demais companhias.

A proposta, de acordo com Alvarez, daria à estatal o poder de gerir a infraestrutura de fibra óptica nacional e de prover serviços de banda larga diretamente ao consumidor. O coordenador afirma que hoje os custos no setor são “altos devido ao monopólio”, apontando o fato de que, em alguma cidades, os serviços de telecomunicações são detidos por apenas uma companhia. 

Banda larga mais barata
Com o projeto, os preços cobrados pela Telebrás por seus serviços de banda larga mensais ficaria entre a faixa dos R$ 15 e R$ 35 – montante bem abaixo dos R$ 70 cobrados em média no mercado. 

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“Está se formando um gargalo nos serviços de banda larga no Brasil”, avalia Alvarez, disparando ainda que os serviços atualmente existentes são “muito lerdos, caros, concentrados e desiguais”. 

Difusão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve rever as medidas nesta quarta-feira e anunciar as propostas no próximo mês. O governo espera utilizar a Telebrás para atingir sua meta de incluir 30% da população mais pobre do país nos serviços de banda larga – plano ambicioso quando comparado com os 0,6% desta população que hoje possuem o serviço.

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