ABI entra com pedido de impeachment de Pazuello na Câmara dos Deputados

Instituição diz que ministro "dá repetidas demonstrações de incompetência" e destaca aumento de mortes e problemas na aquisição de vacinas e seringas

Equipe InfoMoney

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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SÃO PAULO – A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) protocolou, nesta quarta-feira (6), um pedido de impeachment contra o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, junto à Câmara dos Deputados, sob a alegação de má gestão durante a pandemia do novo coronavírus.

O documento, assinado pelo presidente da instituição, Paulo Jeronimo, diz que o ministro “dá repetidas demonstrações de incompetência, ineficiência e incapacidade para desempenhar as tarefas de seu cargo”.

A ABI destaca que, sob a gestão de Pazuello à frente da pasta, o país saiu de 14.817 óbitos por covid-19 para quase 200 mil. Quanto aos infectados, o salto foi de 218.223 para 7,8 milhões de brasileiros.

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De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, o Brasil chegou a 197.956 mortos pela Covid-19 até as 13h desta quarta-feira. Foram 1.186 novas mortes registradas apenas nas 24h anteriores ao balanço divulgado às 20h do dia anterior. Já os casos confirmados somam 7.825.616.

A instituição também diz que o ministro até o momento não foi capaz de tomar as devidas providências para a disponibilização de vacinas à população, além de “descumprir abertamente as recomendações das autoridades” sanitárias nacionais e internacionais, “atentando contra o direito social à Saúde”.

[Pazuello] Não só não providenciou as imprescindíveis vacinas – quando cerca de 50 países já estão vacinando suas populações –, como negligenciou até mesmo a aquisição de simples seringas para aplicá-las”, diz o texto.

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“Ainda que seu superior hierárquico, o presidente da República, inegavelmente tenha enorme responsabilidade nos desmandos, o ministro não pode escudar-se nesse fato para se abster de tomar as providências básicas que a função requer”, continua.

Em vídeo, Jeronimo diz que o afastamento de Pazuello “é imperioso, para que o Brasil possa enfrentar com segurança o destino da saúde de sua população”.