Abav diz que Gol desrespeita consumidor e lança manifesto contra empresa

Agentes de viagens dizem que política da empresa é prejudicial e se recusam a vender passagens nos dias 1º e 2 de fevereiro

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A Associação Brasileira de Agentes de Viagens (Abav) divulgou, nesta quarta-feira (31), manifesto que critica a política comercial e de marketing da companhia Gol Linhas Aéreas.

A Abav informou que, desde o começo do ano, diversos manifestos
surgiram para mostrar a política enganosa que a Gol pratica. No entanto, o movimento se tornou nacional e um protesto foi marcado para os dias 1º e 2 de fevereiro, quando os agentes de viagem não irão comercializar passagens da companhia aérea.

Propaganda enganosa

De acordo com a Abav, a empresa está prejudicando os consumidores e a rede de distribuição formada pelas agências de viagens e turismo. Isso porque a Gol faz uma campanha de baixas tarifas e de baixo custo, mas as passagens vendidas pela companhia estão “longe de serem consideradas baixas”.

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“No mês de dezembro, seus preços médios nos vôos domésticos superaram os da TAM, da OceanAir e da WebJet. As tarifas são – aliás o registro é importante – um grande problema não apenas para os Agentes de Viagem como também para os passageiros”, divulgou a Abav no manifesto.

Omissão de dados de promoções

Além das tarifas altas praticadas pela empresa, a Abav suspeita das promoções que não se justificam, com tarifas a R$ 1, R$ 25 e R$ 50. De acordo com a associação, os passageiros querem ter acesso a estas passagens, mas simplesmente não sabem porque os agentes de viagens não têm acesso a elas.

“A Gol omite a quantidade de assentos ofertados na promoção e os agentes de viagens não conseguem fazer seu cliente entender que essas tarifas simplesmente são inacessíveis, lançadas como instrumento de marketing. Falta, por parte da Gol, transparência na sua planilha de composição de tarifas”.

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Diminuição das comissões

A Abav ainda critica o fato da Gol ter diminuído em mais de 30% a comissão concedida aos agentes de viagens, já que eles são responsáveis por 73% das vendas da companhia. Os agentes de viagem têm, como objetivo principal, distribuir produtos e serviços turísticos. Desta forma, chegam a comercializar 85% dos produtos desta indústria.

“Essa estratégia é, no mínimo, pouco apropriada para uma companhia que intitula-se Inteligente. Não queremos levantar polêmica em vão. Mas mostrar a todos os setores da economia que dependem do transporte aéreo que a Gol não é low fare, não pratica transparência de tarifas com o mercado e por fim, ainda desrespeita e ignora a necessidade de manutenção de sua rede de distribuição”, diz a carta manifesto assinada pelo presidente da entidade, Carlos Alberto Amorim Ferreira.

O outro lado

A InfoMoney entrou em contato com a assessoria de imprensa da Gol Linhas Aéreas e obteve a resposta de que a empresa está ciente do manifesto, mas que ainda não tem nenhuma posição quanto ao assunto.

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