Abandonada pelo PT, Dilma busca PMDB para se salvar, diz Valor

Entre o PT e o seu mandato, a presidente ficou com a segunda opção, aponta o jornal

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Mesmo sem uma ruptura formal, a relação entre a presidente Dilma Rousseff e o PT vem ficando cada vez mais conturbada. E, conforme destacou o jornal Valor Econômico de hoje, “abandonada pelo seu partido”, a presidente se voltou agora para o PMDB para salvar o seu mandato.

A tese de impeachment dentro do partido do vice-presidente, Michel Temer, perdeu força, em especial na Câmara dos Deputados. Assim, entre o PT e o seu mandato, a presidente ficou com a segunda opção, aponta o jornal. 

Provas disso foram a ausência da festa de aniversário do PT, na semana passada, e o aval ao projeto de José Serra (PSDB-SP) para mudar as regras do pré-sal. O grupo do PMDB ligado ao Temer também recuou do impeachment. O desgaste do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também contribui para reduzir as apostas na saída da presidente.

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Em relatório de ontem, a Eurasia destacou que “a presidente vai sobreviver ao impeachment, mas o agravamento da fragilidade ampliará a paralisia do governo, nomeadamente em matéria de política fiscal”. Além disso, a tensão entre Dilma e o PT aumenta, mas não deve sinalizar uma ruptura entre eles. 

 Para a presidente, o incentivo principal é a sobrevivência política e ela precisa do apoio do partido a fim de vencer o processo de impeachment na Câmara dos Deputados. “Mesmo se a presidente fosse tentar compensar a perda de apoio da esquerda buscando se aproximar do centro e da direita, esta seria uma manobra muito arriscada e provavelmente ineficaz para melhorar sua situação política no curto prazo”, afirma a consultoria. 

Já no caso do PT, o dilema seria mais complicado. Enquanto o cronograma de ajuste fiscal do governo trará impacto negativo ao partido, que se prepara para as eleições municipais de 2016, abandonar Dilma neste momento envolve maiores riscos. Afinal, não só seria difícil dissociar a sua imagem da administração da presidente, como o partido perderia influência política. Com a Lava Jato no radar, seria mais prudente aos líderes do partido continuar na administração do que abandonar voluntariamente o poder, ressalta a consultoria. Por fim, o partido entende que lutar contra o impeachment serve como base para a retórica de que a legenda está sob o ataque de forças conservadoras.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.