Publicidade
SÃO PAULO – Um desafio enorme. É o que enfrentará o próximo presidente dos Estados Unidos, cuja eleição oficial ocorre na terça-feira (4). À deriva entre uma recessão e um enorme déficit fiscal, os candidatos John McCain e Barack Obama terão a missão de liderar a maior economia do mundo em um de seus períodos mais difíceis.
Em muitos estados, no entanto, a votação iniciou-se antecipadamente e tanto as pesquisas de boca de urna, quanto as de opinião apontam para a liderança de Obama, candidato pelo partido democrata, de oposição ao atual governo, do republicano George W. Bush.
Mudança de foco
Embora o ex-presidente Bill Clinton tenha eternizado a frase “é a economia, estúpido”, ao apontar para um assessor qual o tema mais importante em uma eleição, os temas relativos à cambaleante economia dos EUA nunca foram tão destacados em uma campanha, ao contrário do que poderia se imaginar há cerca de um ano, quando a Guerra no Iraque ainda centralizava boa parte dos debates.
Masterclass
O Poder da Renda Fixa Turbo
Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Para muitos analistas, isto deixa o candidato republicano McCain em posição delicada, uma vez que é difícil dissociá-lo da administração que deixou a maior potência global imersa na pior crise desde a Grande Depressão da década de 1930. Mas ele tentou. Senador pelo Estado do Arizona e veterano da Guerra do Vietnã, McCain buscou ao máximo distanciar-se do atual presidente durante a campanha.
Comparação
Entretanto, todos buscam saber como serão enfrentados os principais dilemas da economia dos EUA. O que fazer para estancar as feridas dos setores imobiliário e financeiro e reverter a insinuante recessão, ao mesmo tempo em que se reduz o gigantesco déficit fiscal? E mesmo assim, os candidatos serão capazes de cumprir suas promessas para outras áreas – como o aumento de cobertura dos serviços de saúde pública?
Com reflexos decisivos sobre a economia global, vale conferir as principais propostas para a economia reveladas pelos dois candidatos em seus planos de governo.
Continua depois da publicidade
Mudança: você pode acreditar
Incentivos
Déficit Fiscal
Mercado Imobiliário
Primeiro, o país
Incentivos
Déficit Fiscal
Mercado Imobiliário
Comércio
Tradicionalmente mais associados ao pólo liberal do pensamento econômico, espera-se que um governo republicano seja mais propenso ao livre comércio, ao passo em que um governo democrata buscaria maior intervenção. Embora estes estereótipos tenham sido postos à prova pela gestão relativamente protecionista do republicano Bush, a atual campanha revela diferenças marcantes entre os dois candidatos, o que poderá ter implicações diretas para o Brasil.
“Os Estados Unidos devem engajar-se em esforços para reduzir as barreiras comerciais”, afirma, sem tergiversar o programa de John McCain. Entre as medidas concretas previstas em seu programa, o fim da taxa de US$ 0,54 por galão de etanol importado destaca-se, assim como a revisão de vários subsídios agrícolas, antiga reclamação da diplomacia brasileira.
De modo mais difuso, Obama revela que poderá endurecer as negociações quanto ao livre-comércio, buscando forçar outros países a adotar normas trabalhistas mais rígidas, combater subsídios à exportação e rever acordos já estabelecidos, como o Nafta. Na mira, os votos de milhões de trabalhadores norte-americanos, temerosos em perder seus empregos para a mão-de-obra mais barata de países em desenvolvimento.
Newsletter
Infomorning
Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.